Agressor que descumprir medida protetiva e cometer feminicídio terá pena aumentada entre 4 e 15 anos

29Como parte da campanha mundial “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, o plenário da Câmara dos Deputados – que vota nesta semana vários projetos de interesse da Bancada Feminina – rejeitou na tarde desta quarta-feira (28) emenda do Senado que retirava de projeto de lei (PL 3.030/15), anteriormente aprovado pela Câmara, dispositivo que aumenta pena de agressor que, já cumprindo medida protetiva, cometer feminicídio. Com a rejeição, o texto do projeto que segue para sanção prevê esse aumento de pena.

De acordo com a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), após a denúncia de agressão feita pela vítima à autoridade policial, caberá à Justiça determinar a execução de medidas protetivas, como o afastamento do agressor do lar ou do local de convivência com a vítima; a fixação de limite mínimo de distância entre agressor e vítima; e a proibição de o agressor entrar em contato com a vítima, seus familiares e testemunhas por qualquer meio, entre outras medidas.

“Essas medidas protetivas obrigam os agressores a cumprir condicionantes, e não a mulher. Muitas vezes, antes da Lei Maria da Penha, eram as mulheres que tinham que ser retiradas do seu lugar de convivência para que sua integridade fosse resguardada. Portanto, quando o agressor está obrigado a cumprir essas medidas protetivas e ele as descumpre, é preciso que, como consequência, ele tenha um recrudescimento da pena se vier a cometer um feminicídio”, defendeu a deputada Erika Kokay (PT-DF).

Segundo o PL 3.030, o agressor que tem histórico de violência contra uma mulher e já cumpre medida protetiva terá sua pena aumentada em 1/3 ou até a metade se vier a cometer feminicídio. Na prática, como esse crime está no rol dos homicídios ditos qualificados, a pena para quem o comete varia de 12 a 30 anos de reclusão. Com a modificação imposta pelo PL, se o agressor praticar feminicídio descumprindo medida protetiva, sua pena poderá aumentar de 4 a 15 anos.

“A Lei do Feminicídio foi muito importante. Ela foi aprovada durante o governo da presidenta Dilma Rousseff. O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio. Portanto, ele é uma realidade que está nas dobras de um país, construídas pelo sexismo e pelo machismo, que são pedaços de um colonialismo em que os donos da terra também se sentiam donos das pessoas: mulheres e crianças”, explicou a deputada.

Ativismo – A campanha mundial “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra as meninas e mulheres em todo o mundo. A ação, realizada de 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, até 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, também tem o objetivo de propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade.

Os “16 Dias de Ativismo”, no Legislativo brasileiro, é promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados em parceria com a Procuradoria Especial da Mulher do Senado, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara e a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher. O início da campanha neste ano foi o seminário Mulheres Negras Movem o Brasil, realizado em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, por iniciativa da deputada Benedita da Silva (PT-RJ).

 

PT na Câmara

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100