Senado aprova novas regras para divisão do Fundo de Participação dos Estados

senadoFNE

Foto: Agência Senado

Por 59 votos favoráveis e nove contrários, o plenário do Senado aprovou na noite de terça-feira (18) as novas regras para a divisão do Fundo de Participação dos Estados, contidas no PLS 240/2013. O novo texto foi resultado de um acordo de líderes costurado durante reunião no gabinete da Presidência do Senado.  O senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso, foi o primeiro a subscrever a proposta, que até o início da votação contava com a assinatura de apoio de mais de 45 senadores.

Assim como o projeto aprovado pelo Senado em abril e que foi rejeitado pela Câmara dos Deputados na semana passada, a nova proposta mantém os critérios atuais de repartição dos recursos do fundo até 2015, de forma a evitar perdas. “Até lá nenhum estado terá um centavo de diminuição e nem de acréscimo. As regras são as atuais para respeitar o PPA, o Plano Plurianual 2012-2015 de cada estado da federação”, explicou Pimentel.

A partir de 2016, o texto aprovado traz mudanças em relação à proposta anterior, numa tentativa de atender, pelo menos em parte, as reivindicações dos deputados. O desafio é que a votação na Câmara ocorra na semana que vem, respeitando, assim, o prazo de 23 de junho dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). É que a Suprema Corte, em 2010, havia julgado inconstitucionais a forma de distribuição dos recursos do FPE. Naquela ocasião, deu prazo para o Congresso aprovar nova legislação até 31 de dezembro de 2012. Como não foi possível, o STF atendeu pedido do Senado e da Câmara e concedeu mais 150 dias.

De acordo com texto aprovado, o valor recebido pelos estados em 2015 será transformado em piso dos repasses que serão feitos a partir de 2016. Esse piso será corrigido pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) e pelo percentual equivalente a 75% da variação real do Produto Interno Bruto (PIB). O projeto derrubado na Câmara estabelecia o percentual de 50% do PIB.

De acordo com Pinheiro, essa alteração vai ampliar as receitas de cada unidade da federação, enquanto o montante excedente do piso corrigido será rateado de forma a beneficiar os estados mais populosos e com renda domiciliar per capita mais baixa.

 Embora esse critério seja o mesmo do projeto anterior, a nova proposta aumenta o percentual mínimo relativo à população, reduzindo, assim, o prejuízo dos estados menos populosos, e amplia o percentual correspondente ao teto da renda domiciliar per capita, aí reduzindo as perdas das unidades mais ricas da federação.

Durante a votação em plenário, Pinheiro fez um apelo aos colegas pelo entendimento, depois de explicar com detalhes as alterações promovidas em relação ao texto anterior. “Estamos mexendo numa proposta para criar, a partir de agora, um critério que verdadeiramente enxergue a realidade de cada estado. Foi esse o pleito. Foi essa a demanda que o Supremo Tribunal apontou quando tomou a decisão (de julgar inconstitucional a fórmula vigente)”, disse ele.

O senador, que também foi relator do projeto rejeitado pela Câmara, enfatizou que a proposta não acarretará perdas financeiras a nenhum ente federado. Haverá apenas uma redução gradual da participação relativa de alguns estados no rateio do FPE, redução essa condicionada ao aumento real da arrecadação. “A ponderação que fiz é que aqui não está em jogo buscar fazer o atendimento deste ou daquele estado, desta ou daquela região, mas buscar exatamente o ponto de equilíbrio, como nós fizemos na proposta original, a preservação da base”, afirmou.

O Fundo de Participação dos Estados foi criado em 1965 para funcionar como o principal instrumento financeiro do pacto federativo brasileiro. O objetivo do fundo, desde então, é reduzir as desigualdades regionais, com recursos originados do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A atual fórmula de partilha segue a Lei Complementar 62/1989, que estabeleceu uma tabela provisória de distribuição. Seu texto diz que esses critérios seriam aplicados até 1991, quando uma nova lei definiria os critérios de partilha do FPE a partir de 1992. É o que se pretende fazer com a aprovação, pelo Senado, do novo projeto de repartição do FPE, que ainda depende da aprovação da Câmara dos Deputados.

 Agência PT no Senado

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100