PT vota a favor do protocolo “Não é Não” para atender vítima de assédio sexual em casas noturnas

Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil-Arquivo

Com o voto favorável da Bancada do PT na Câmara, o plenário aprovou nesta terça-feira (20) o regime de urgência para a tramitação do projeto de lei (PL 3/23), da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e outros, que cria o “Protocolo Não é Não” de atendimento à mulher vítima de violência sexual ou assédio em discotecas, estabelecimentos noturnos e outros de grande circulação de pessoas. O texto prevê que os estabelecimentos deverão manter pessoal treinado para agir em caso de denúncia de violência ou assédio à mulher, inclusive para preservação de provas, e disponibilizar recursos para que a denunciante possa acionar a polícia ou regressar ao lar de forma segura.

Deputada Maria do Rosário. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

“Frequentar discotecas ou estabelecimentos noturnos, eventos festivos e esportivos, bares, restaurantes ou qualquer outro estabelecimento de grande circulação de pessoas é um direito de todas as mulheres. Não pode ser lugar de assédio e violência”, argumenta a deputada Maria do Rosário, na justificativa do projeto.

O objetivo do protocolo, explicou a parlamentar, é proteger a vítima e prevenir episódios, mas também se estende à responsabilização do agressor, ao acionar o sistema de segurança pública.

A deputada Dandara (PT-MG), autora do PL 4/23, que tramita apensado ao PL 3/23, destacou que é importante lembrar que a violência contra a mulher ainda é uma realidade, nos espaços que deveriam ser de lazer e de confraternização. “O bar, a boate, ainda não são lugares inseguros para as mulheres distraírem-se, divertirem-se. Esse projeto cria um passo a passo de como esses estabelecimentos têm que agir em caso de violência contra a mulher. Ele orienta, ajuda o serviço, porque em violência contra a mulher, metemos, sim, a colher e salvamos a vítima”.

Deputada Dandara. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Ela explicou que o projeto faz algumas orientações: O primeiro passo do protocolo é o acolhimento da vítima para que ela não seja olhada nem tratada como culpada; o segundo passo é apartá-la do convívio do agressor; o terceiro passo é preservar as provas; o quarto passo é identificar o suspeito ou o agressor; o quinto passo é acionar a justiça; e o sexto passo é ver se há pessoas acompanhando essa vítima no estabelecimento, para assim garantir que as provas sejam asseguradas para o tratamento e garantir que a polícia será acionada, que essa mulher conseguirá registrar o boletim de ocorrência e passar pelo corpo de delito.

Caso Daniel Alves

Dandara disse ainda que esse protocolo já existe em várias cidades do mundo, e foi decisivo para o caso Daniel Alves. “Por isso, nesta Casa, tantos projetos de lei foram apresentados. Nós queremos que o Brasil siga os bons exemplos mundiais. Um passo a passo de como os estabelecimentos podem agir para proteger as mulheres, para combater a violência, o assédio, a importunação sexual: no bar, na boate, no estabelecimento noturno. Pode ser desde a boate mais chique até o risca faca do bairro. Nós queremos que todos os lugares saibam como proteger as mulheres e como evitar que o feminicídio, a violência e o estupro acometam as mulheres nesses lugares”, argumentou.

Mulher precisa ser respeitada

A deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que esse protocolo proposto pelo projeto tem uma importância imensa. “Nós estamos lidando com um país onde há muitas violências contra as mulheres e onde a fala da mulher não é respeitada. Este projeto diz que ‘não é não’ e estabelece um protocolo para os estabelecimentos evitarem ou atenderem a mulher em uma situação de importunação a que elas possam recorrer, para que elas não tenham que vivenciar a solidão de quem é importunada, a solidão de quem é vítima de uma violência. E esta solidão é quebrada, porque, a partir desta proposição, nós temos protocolos nos quais a mulher possa ser acolhida, e a sua voz possa ser reconhecida e legitimada”, afirmou.

Deputada Erika Kokay. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Também tramitam apensados ao projeto da deputada Maria do Rosário os PL 12/23, do deputado Duarte (PSB-MA); PL 14/23, da deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE); e PL 100/23, das deputadas Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Sâmia Bomfim (Psol-SP).

Festividades de São João

Na mesma sessão, os parlamentares aprovaram também a urgência para a tramitação do PL 3083/23, que regulamenta a destinação de recursos públicos para as festividades de São João em todo o território nacional. A proposta estabelece um percentual mínimo a ser empregado para a contratação de artistas e conjuntos musicais que representem a cultura popular do gênero forró.

“Obviamente, estamos aqui para apoiar o forró. O que representa o forró? Representa as nossas tradições populares, representa o diálogo com a própria população”, afirmou a deputada Erika Kokay, ao encaminhar o voto favorável à proposta.

Cargos do MPF

Foram aprovados ainda a urgência e o mérito do projeto de lei (PL 2402/23), do Ministério Público Federal, que transforma cargos efetivos de sua estrutura em cargos em comissão e funções de confiança. A proposta segue para apreciação do Senado.

 

Vânia Rodrigues

 

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100