Nesta segunda-feira (25), o governador do Pará, Elder Barbalho, conversou por telefone com o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Helder Salomão (PT-ES) sobre os assassinatos da defensora de direitos humanos e coordenadora-regional do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Dilma Ferreira da Silva, do marido dela Claudionor Amaro Costa da Silva e de Hilton Lopes. Eles foram encontrados amarrados e esfaqueados na sexta em um assentamento na área rural de Baião, na região da hidrelétrica de Tucuruí.
A denúncia foi enviada à CDHM, no mesmo dia, pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Em seguida, o presidente da Comissão pediu agilidade na apuração do crime e na identificação dos responsáveis, através de ofícios para o governador do Pará, ao secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, e para o procurador-geral de Justiça, Gilberto Martins.
“Hoje [25], o governador Helder Barbalho falou conosco sobre as providências que estão sendo tomadas. Entre elas, o envio para o local do crime de servidores da delegacia especializada em conflitos agrários e do delegado-geral de Polícia do Pará, Alberto Teixeira. O governador garantiu que os crimes serão esclarecidos e vai nos manter informados sobre todas as ações que forem desenvolvidas”, afirmou Helder Salomão.
O Escritório para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) também condenou os assassinatos.
Em nota oficial, o ACNUDH pede às autoridades brasileiras uma investigação completa, independente e imparcial sobre os crimes.
O Escritório afirma ainda que “o Estado brasileiro tem a responsabilidade de garantir a proteção integral das pessoas defensoras de direitos humanos no País para que possam cumprir com seu papel fundamental na sociedade, especialmente na defesa dos direitos das populações mais vulneráveis”.
Assessoria de Comunicação