Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais, nesta sexta-feira (2), para comentar a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de encaminhar representação ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a abertura de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação. A acusação diz respeito à possível omissão do presidente. Denúncias apresentadas à CPI da Covid, em funcionamento no Senado, indicam que Bolsonaro não tomou providências para barrar a importação suspeita da vacina Covaxin.
“Bolsonaro será formalmente investigado por prevaricação. A PGR acatou a notícia-crime dos senadores da CPI da Covid de que o presidente sabia que havia corrupção na compra de vacinas e não fez nada”, destacou o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Bohn Gass (RS).
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), comemorou a abertura do inquérito contra Bolsonaro e a acusação do Ministério Público Federal contra o ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello. “PGR abre inquérito pra investigar prevaricação de Bolsonaro. MPF acusa Pazuello de improbidade administrativa e causar danos de R$ 122 milhões. Sextou! E amanhã é dia de #3JForaBolsonaro”.
O deputado Alencar Santana (PT-SP) questionou se a sociedade ainda pode confiar na PGR. “Será que a sociedade pode confiar na PGR depois que essa instituição acobertou a máfia da Lava Jato e protegeu Temer e Bolsonaro até ontem?”, indagou, acrescentando que “investigar o genocida é a oportunidade para a PGR mostrar ao Brasil que honra a Constituição”.
O posicionamento da PGR mudou horas depois de a ministra Rosa Weber, do Supremo, rejeitar pedido do Ministério Público para que as investigações contra Bolsonaro fossem feitas somente depois do encerramento da CPI da Covid.
Na manifestação protocolada no STF, o vice-procurador geral, Humberto Jacques de Medeiros, informou ao tribunal a instauração de inquérito para apurar os fatos informados pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Pode-GO), em notícia-crime apresentada à Suprema Corte na última segunda-feira (28).
Leia mais comentários dos parlamentares do PT:
Deputado Rogério Correia (PT-MG) – “Bolsonaro será investigado por prevaricação e corrupção. Como Arthur Lira não abre impeachment, o poder Judiciário finalmente vai agir contra o genocida”.
Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) – “A PGR pediu abertura de inquérito contra Bolsonaro no STF por prevaricação no caso Covaxin. A gestão criminosa do presidente da República tem custado milhares de vidas”.
Deputado Airton Faleiro (PT-PA) – “Nem Augusto Aras segura mais Bolsonaro. Agora só falta a gente empurrar. A PGR abre inquérito contra Bolsonaro por prevaricação porque foi avisado da roubalheira nas compras de vacinas e nada fez. Agora, Aras sabe que não dá mais pra segurar”.
Deputado Enio Verri (PT-PR) – “PGR abre inquérito contra Bolsonaro por prevaricação porque soube de corrupção na negociação da compra da vacina Covaxin e não fez nada. Aras deixou de ser espectador do presidente ou quer encobrir o crime maior pela tragédia de mais de 500 mil de mortos?”.
Deputada Erika Kokay (PT-DF) – “Após pressão de Rosa Weber, PGR pede ao STF abertura de inquérito para apurar crime de prevaricação de Bolsonaro nos esquemas que envolvem a compra da Covaxin. A casa do genocida tá caindo”.
Deputado José Guimarães (PT-CE) – “Brasil na luta contra o genocídio e corrupção!”.
Deputado Rubens Otoni (PT-GO) – “Desta vez não teve como engavetar. Bem que ARAS tentou enrolar, mas Rosa Weber insinuou omissão. Aí o jeito foi encaminhar o pedido ao STF da investigação no caso Covaxin. E agora, Bolsonaro?”
Deputada Rosa Neide (PT-MT) – “PGR acata a cobrança do STF e pede abertura de inquérito para investigar a possível corrupção e prevaricação de Bolsonaro no caso Covaxin! O desgoverno priorizou o lucro ao invés da imunização dos brasileiros! Bolsonaro vai cair!”.
Também comentaram sobre o assunto as deputadas Natália Bonavides (PT-RN), Marília Arraes (PT-PE) e Maria do Rosário (PT-RS), e os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Henrique Fontana (PT-RS), Paulo Pimenta (PT-RS), Valmir Assunção (PT-BA), Afonso Florence (PT-BA), Helder Salomão (PT-ES), Nilto Tatto (PT-SP), Jorge Solla (PT-BA) e Carlos Veras (PT-PE).
Lorena Vale com Conjur