O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta-feira (10) em São Paulo, após sofrer um infarto fulminante. Amorim atuava como jornalista desde 1961. Atualmente, era proprietário do blog “Conversa Fiada” e apresentador na emissora de televisão Record.
O Líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), lamentou a morte do jornalista e se comprometeu a seguir lutando por um Brasil soberano e independente de fato. “Descanse em paz, Paulo Henrique Amorim”, desejou o líder.
Deputados da Bancada do PT na Câmara usaram suas contas no Twitter para lamentar a morte do apresentador e prestar homenagem ao jornalista. Para Maria do Rosário (PT-RS) e Helder Salomão (PT-ES), o jornalismo independente perde uma de suas melhores vozes. “Corajoso e brilhante, amou a democracia e fez uma multidão de seguidores. Minha solidariedade aos familiares e amigos. Sentirei falta das críticas irônicas e agudas. Fica um vazio”, lamenta Rosário.
Benedita da Silva (PT-RJ), Beto Faro (PT-PA), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Margarida Salomão (PT-MG) e Natália Bonavides (PT-RN) relataram que receberam a notícia com tristeza e pesar. Para eles fica a memória do quanto PHA era talentoso e brilhante em suas análises sobre a conjuntura política, além de querido por todos.
“Raríssimo caso de profissional de comunicação com coragem de enfrentar os mais poderosos. O Brasil perde um grande cidadão. E a mídia, um de seus melhores”, destacou Bohn Gass (PT-RS).
Zeca Dirceu (PT-PR) disse que o apresentador era um excelente profissional e grande ser humano. Zeca e Valmir Assunção (PT-BA) afirmaram que ele nunca teve medo do debate e da verdade, e que suas análises sempre muito ponderadas, farão falta. Para Paulo Guedes (PT-MG), Paulo Henrique Amorim não era apenas um bom jornalista, “ele era um brasileiro inquieto, uma voz importante na luta pela democracia do Brasil”.
Os deputados petistas Reginaldo Lopes (MG), Waldenor Pereira (BA), Joseildo Ramos (BA) e Nilto Tatto (SP) lamentaram sua morte e lembraram do afastamento do apresentador do programa “Domingo Espetacular”, da TV Record, e pela maneira com que conduzia o seu canal “Conversa Fiada”.
O deputado baiano Zé Neto (PT) destacou que em 2015 foi autor da proposição de título de cidadão baiano ao jornalista. Eles eram amigos antigos. Neto se solidarizou com os familiares e amigos de PHA.
“A morte de Paulo Henrique Amorim priva o jornalismo brasileiro de um dos seus nomes mais importantes. Ele deixa a marca de uma atuação digna na denúncia dos retrocessos que o País enfrenta e na defesa da democracia e do estado de direito. Meus sentimentos à família e aos amigos”, escreveu a ex-presidenta Dilma Rousseff.
Democracia
Os deputados Assis Carvalho (PT-PI), Carlos Zarattini (PT-SP), Rui Falcão (PT-SP), Erika Kokay (PT-DF), Rubens Otoni (PT-GO), Rosa Neide (PT-MT), Nelson Pelegrino (PT-BA), Marília Arraes (PT-PE), Alencar Santana (PT-SP) e Afonso Florence (PT-BA) ressaltaram, também, a importância de Paulo Henrique Amorim na luta em defesa da democracia, justiça e pelos direitos sociais dos brasileiros. Para eles, Paulo Henrique era “comprometido com a democracia e com a liberdade de imprensa”.
“Um defensor do Brasil, da soberania nacional, da democracia e do povo! Uma perda irreparável para o jornalismo de verdade e para o Brasil”, homenageou Zarattini.
Perda para o jornalismo brasileiro
Crítico do governo Jair Bolsonaro e da operação Vaza Jato, Amorim defendia uma mídia democrática e livre.
O vice-líder do PT, o deputado Airton Faleiro (PA) começou sua homenagem destacando um dos grandes bordões de Amorim e ainda denunciou a censura sofrida por jornalistas no governo atual. “Olá, tudo bem?. Paulo Henrique Amorim nos deixa em um momento sombrio de ataques aos direitos e às liberdades, inclusive à liberdade de imprensa, onde jornalistas são alvos da polícia política de um governo que parece ter saído dos mais sombrios porões da história da humanidade”.
A maioria dos deputados como Alexandre Padilha (PT-SP), Paulo Teixeira (PT-SP), Leonardo Monteiro (PT-MG), Marcon (PT-RS), Odair Cunha (PT-MG), Padre João (PT-MG), Vander Loubet (PT-MS) e Carlos Veras (PT-PE) destacou que o jornalismo brasileiro perdeu uma grande figura. “Um profissional independente, honesto e corajoso”.
“Morreu perseguido pelo governo. Paulo Henrique Amorim era fulminante, preciso, tinha a habilidade de poucos em, com poucas palavras, esclarecer de fato o que estava em jogo. Tinha uma leitura política que refletia sua experiência vencedora no jornalismo, afirmou Jorge Solla (PT-BA).
PT na Câmara