Representante do PT na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o deputado Elvino Bohn Gass (RS) vai propor no Plenário da Câmara uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para garantir ganho real no reajuste do salário mínimo. A proposição foi rejeitada no âmbito da CMO, mas o deputado acredita que no Plenário sua emenda que retoma a fórmula de reajuste adotada desde 2007 no governo Lula (reposição da inflação mais variação do PIB), tem chance de ser aprovada.
“É preciso compreender que não se promove crescimento econômico algum com redução do poder de compra dos trabalhadores. Se o salário mais baixo do País for perdendo valor a cada ano, o consumo também vai cair. Sem consumo não há comércio, não há serviço e não há indústria que sobreviva. Eu creio que isso a maioria dos deputados entende”, argumentou Bohn Gass.
Aumento real
Decidido a lutar “até o fim” para garantir que o salário mínimo tenha aumento real e não apenas correção, Bohn Gass também é autor de um projeto de lei que fixa as bases do reajuste nos termos que foram adotados a partir de 2007. O projeto é assinado por ele e pela atual presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Assim, se a emenda à LDO não for aprovada, o tema voltará mais uma vez ao Plenário quando o projeto de lei estiver apto à votação.
“Se depender do governo Bolsonaro, até 2022 não haverá ganho real no salário mínimo. A proteção do trabalhador não faz parte da política econômica do atual governo”, comentou Bohn Gass. “A lógica é reduzir gastos de patrões, sem jamais pensar nos empregados. Esta política já foi adotada no Brasil e os resultados foram catastróficos tanto social quanto economicamente”, completou o parlamentar.
PT na Câmara, com assessoria parlamentar
Foto – Gustavo Bezerra