Deputados aprovam liberação de recursos parados de estados e municípios para combate ao coronavírus

A Câmara aprovou na noite desta terça-feira (31) a emenda do Senado ao projeto de lei complementar (PLP 232/19), que libera os estados e os municípios para usarem saldos de repasses do Ministério da Saúde de anos anteriores em serviços e de ações para o combate ao coronavírus. O líder do PT, deputado Enio Verri (PR), ao encaminhar o voto favorável da bancada à proposta que libera recursos parados em contas dos governos estaduais e das prefeituras afirmou que a flexibilização é importante e que “não pode haver limite de gastos para preservar a vida da população brasileira”.

O líder defendeu o conjunto de propostas que o Congresso Nacional vem aprovando para ajudar a minimizar os efeitos da crise sanitária e econômica e destacou o programa de Renda Emergencial que libera até R$ 1,2 mil para as famílias mais vulneráveis. “A crise pegou o Brasil com uma população empobrecida em decorrência dos três últimos anos de governos neoliberais e o papel do Estado é amparar o povo. O governo tem que sancionar esse projeto e pagar logo, não dá para esperar até o dia 16 de abril, como propõe o ministro de Economia, Paulo Guedes. Até lá o povo faz o que, morre de fome?”, indagou.

Enio Verri disse ainda que é preciso avançar e votar logo projetos como o apresentado pelo PT e pelos partidos da Oposição que prevê financiamento para micro e pequenas empresas e para dar segurança ao trabalhador nesse momento de dificuldade.

A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) defendeu o projeto que destrava recursos para os municípios nesse momento de crise sanitária e financeira e alertou que a aprovação garante mais recurso sim, mas ainda não será suficiente para dar conta de todas as demandas que o momento exige. “Queremos mais, queremos a revogação do teto de gastos imposto pela Emenda Constitucional 95”, defendeu.

Gleisi também cobrou do presidente Bolsonaro a sanção do projeto que garante uma renda emergencial para os mais vulneráveis. “Esse projeto já tinha que ter sido sancionado, não tem justificativa para o governo não ter iniciado esse pagamento, quem tem fome tem pressa. O governo tem recursos, tem bancos públicos, tem meios para minimizar o sofrimento de milhares de brasileiros. Pague logo Bolsonaro”, cobrou.

É preciso avançar

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), ao defender o projeto, disse que a flexibilização dos recursos para os municípios é urgente porque são eles que estão na linha de frente do combate à pandemia. “Mas precisamos avançar mais, precisamos que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) fique no mesmo patamar do ano passado, precisamos suspender o pagamento do INSS e dos precatórios para que os municípios tenham, de fato, condições de fazer investimentos e custear o pagamento do pessoal que trabalha no combate ao coronavírus”, argumentou.

Foto: Agência Câmara

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) também defendeu o projeto, que foi alterado no Senado apenas para deixar claro que a permissão do uso de recursos será somente durante a pandemia. “É fundamental essa flexibilização dos recursos porque precisamos combater essa tragédia sanitária, precisamos fazer tudo que for possível para impedir a contaminação pelo coronavírus, precisamos preservar vidas”, argumentou.

O deputado Jorge Solla (PT-BA) ao se posicionar a favor da liberação desses recursos alertou que eles são importantes, mas não serão suficientes para dar conta do imenso desafio que o Sistema Único de Saúde terá nesse momento. “Votamos sim e vamos continuar na luta por mais verbas para a SUS, na luta para desbloquear os recursos da saúde, porque defender a saúde pública é a defesa da vida, é a defesa da população brasileira”, reforçou.

Critério para liberação

Pelo texto aprovado, que vai a sanção presidencial, o dinheiro liberado só poderá ser usado em ações e serviços públicos de saúde previstos em lei, como vigilância epidemiológica, capacitação de pessoal, distribuição de insumos e medicamentos, e investimento na rede física. Estados e municípios também deverão seguir normas estabelecidas pela direção do Sistema Único de Saúde; incluir os recursos na programação anual de saúde e na lei orçamentária, além de informar o respectivo Conselho de Saúde.

O uso dos recursos deverá ser comprovado no relatório anual de gestão, mas não serão considerados para calcular futuros repasses financeiros por parte do ministério.

Os deputados Rogério Correia (PT-MG), Margarida Salomão (PT-MG), Natália Bonavides (PT-RN), Carlos Veras (PT-PE) e Bohn Gass (PT-RS) também defenderam a medida que garantirá mais recursos para os municípios para ações fundamentais no combate ao cornonavírus.

Contratos da agricultura

Os deputados aprovaram também a medida provisória (MP 903/19), que autoriza o Ministério da Agricultura a prorrogar, por dois anos, 269 contratos temporários de médicos veterinários que foram aprovados em processo seletivo público, em 2017. Os profissionais são responsáveis pela vigilância e inspeção de produtos de origem animal ou vegetal ligados ao comércio exterior, principalmente carnes.

A MP perde a vigência no próximo dia 15 de abril e ainda precisa ser apreciada também pelo Senado.

Vânia Rodrigues

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100