Corte orçamentário em universidades é demonstração de autoritarismo do governo Bolsonaro, afirmam petistas

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais nesta terça-feira (30) para acusar o ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, de agir com autoritarismo e truculência ao cortar verbas das universidades federais. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro tentou justificar o corte de 30% das dotações orçamentarias da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal Fluminense (UFF), explicando que “universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”.

Segundo o ministro, as universidades têm permitido a realização de eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. Para a coordenadora da Frente Parlamentar de Valorização das Universidades Federais, deputada Margarida Salomão (PT-MG), a ação é a demonstração cabal da “face autoritária e tosca do governo Bolsonaro”.

“Cortar recursos de UnB, UFF e UFBA é, sem sombra de dúvida, o gesto que melhor representa a face autoritária e tosca do governo Bolsonaro. Autoritária, porque ataca a liberdade de expressão em ambiente público. Tosca, porque é flagrantemente ilegal e não prosperará”, afirmou Salomão. Até o final de abril as instituições deixaram de receber cerca de R$ 230 milhões.

Na avaliação do líder da Bancada do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), o governo de Jair Bolsonaro é “inimigo declarado” da Educação e do conhecimento. “Isso é um traço típico do fascismo: ataca as fontes do conhecimento para que o obscurantismo avance”, e

 

Leia abaixo os tuítes de outros parlamentares:

Deputado Zeca Dirceu (PT-PR) – “Aos poucos estão censurando a liberdade do pensamento crítico e de expressão. Cortes de 30% no orçamento de 3 faculdades federais que permitiram manifestações livres de seus estudantes. Já podemos dizer que se trata de uma ditadura, ou precisa de mais um desastre?”.

Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) – “As universidades brasileiras estão sob risco. MEC bloqueia 30% do orçamento de 3 universidades, UNB, UFF e UFBA. Bolsonaro e Weintraub estrangulam financeiramente as universidades”.

Deputado Airton Faleiro (PT-PA) – “O ministro da educação retirou 30% do dinheiro da UNB, UFBA e Federal Fluminense, segundo ele, porque estas universidades promovem “balbúrdia”. Na verdade, este governo não engole a resistência democrática”.

Deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) – “Nunca imaginei que o orçamento do MEC seria usado para “disciplinar” as universidades. A perseguição política e ideológica começa a sair do campo retórico para o prático. Isso é um desrespeito! Resistiremos!”.

Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) – “A UnB, a UFBA e a UFF terão 30% das verbas cortadas por permitirem “atos políticos” nos campus. Deveriam ser multadas se não permitissem! Nenhuma reitoria pode censurar alunos e professores. Universidade é lugar do livre pensamento! E disso Bolsonaro tem medo!”.

Deputado Alexadre Padilha (PT-SP) – “Enquanto mais de 13 milhões de pessoas estão desempregadas, Bolsonaro anuncia corte nas universidades e licença para proprietários rurais atirarem. Quando ele vai sair do Twitter e começar a governar para todos e todas?”.

Deputada Maria do Rosário (PT-RS) – “Esta é a linha política do MEC. Perseguição ideológica e desmonte da educação. Falta competência e conhecimento sobre gestão do ensino superior. Ministro assume postura autoritária e vergonhosa. Mais respeito à autonomia das instituições e das universidades. ”

Deputado Henrique Fontana (PT-RS) – “De acordo com o ranking da Folha, as universidades que tiveram corte no orçamento com alegação de quem fazem bagunça e não têm bom desempenho estão entre as melhores do país! ”.

Deputado Carlos Zarattini (PT-SP) – “O ministro da educação é um projeto de sabujo de ditador. Para agradar seu chefe resolveu fazer cortes ideológicos nas verbas da universidade. Vai trabalhar! Tem muita coisa para fazer na educação ministro! ”.

Deputado Valmir Assunção (PT-BA) – “O corte autoritário e criminoso de 30% das verbas da UFBA, UnB dentre outras, todas em boas posições internacionais de desempenho, demonstra o ataque do MEC à universidade pública. Weintraub destila preconceitos e desrespeita a liberdade de expressão da comunidade acadêmica”.

Deputado Joseildo Ramos (PT-BA) – “Ao atacar a UFBA, UFF e UNB, o Governo dá mais uma prova que suas ações contra a educação não são guiadas pela incompetência e despreparado dos ministros escolhidos para a pasta, mas pelo desejo de sucatear e desmontar por completo o sistema educacional do nosso país”.

Deputado Rui Falcão (PT-SP) – “Governo Bolsonaro corta verbas para tentar sufocar universidades. Mais que arrocho financeiro, é perseguição política e censura”.

Deputado Bohn Gass (PT-RS) – “Ao nomear Weintraub no MEC, Bolsonaro disse ‘é especialista em gestão’. Agora, MEC corta 30% das verbas de três universidades que estão entre as 20 melhores do País: UnB, UFBA e UFF. Fez isso porque nos campus aconteceram atos políticos críticos ao governo. Gestão? Não, perseguição”.

Deputada Erika Kokay (PT-DF) – “MEC cortará verba de universidades por “balbúrdia”, diz o Estadão. A UnB, a UFF e a UFBA já tiveram repasses reduzidos. Um ato autoritário de um governo inepto e anti-intelectualista, que teme uma educação livre, crítica e emancipadora!”

Deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) – “Lunáticos: Bolsonaro e seu ministro da educação querem acabar com as universidades federais que não seguirem a cartilha do governo”.

Deputado José Guimarães (PT-CE) – “E a nossa Universidade Federal do Ceará está prestes a paralisar suas atividades por conta da falta de verbas para custeio. Sem falar nos Institutos Federais que estão ameaçados também”.

Deputado Rogério Correia (PT-MG) – “O fascismo não tem limites. Cada medida autoritária merece resposta”.

Deputado João Daniel (PT-SE) – “O que será classificado como “balbúrdia” para tal enquadramento? Resistir, lutar por seus direitos e reivindicar melhorias?”.

Deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) – “Esse desgoverno persegue a Educação brasileira! Após anunciar corte de R$ 5,8 bilhões, agora perseguem universidades que promovem “balbúrdia”. UNB, UFF e UFBA já tiveram 30% da verba cortada em função de debates que promoveram no campus. A nossa UFJF está também sob a mira”.

Deputado Helder Salomão (PT-ES) – “Corta investimentos na área de humanas. Estimula perseguição a professores. Corta verba para universidades. O governo impõe censura e autoritarismo na educação. Não quer um povo que pensa e questiona”.

Deputado Natália Bonavides (PT-RN) – “A perseguição às universidades avança no MEC. Cortes de recursos com a justificativa de “balbúrdia” não tem outro nome. Cada dia fica mais evidente o caráter autoritário desse governo, que não tolera a diversidade de pensamento e o conhecimento crítico”.

Deputado Waldenor Pereira (PT-BA) – “Balbúrdia é o que esse grupo anda fazendo em nosso país, sucateando a educação, destruindo as políticas sociais, o emprego e a economia e vendendo o Brasil parte a parte para o capital estrangeiro. Esse é o amor à pátria do Bolsonaro. Imagina se fosse ódio?”.

Deputado Odair Cunha (PT-MG) – “Uma perseguição inadmissível que contraria a história das universidades como espaços abertos, democráticos e plurais”.

 

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Heber Carvalho

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