Uma comitiva de parlamentares da Bancada do PT na Câmara visitou nesta quarta-feira (1º) o acampamento indígena Luta Pela Vida, na área central de Brasília, para manifestar apoio irrestrito do partido à luta dos povos originários de todo o País contra a adoção da tese do Marco Temporal para as demarcações de terras indígenas e o avanço do projeto de lei (PL 490/2007), que transfere a decisão sobre as demarcações para o Congresso Nacional. O grupo de parlamentares foi liderado pelo líder do PT, deputado Elvino Bohn Gass (RS), e pela presidenta nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR).
“Os povos originários merecem o nosso respeito e o nosso apoio contra o Marco Temporal, que pretende impedir novas demarcações de terras indígenas e ainda criar condições para rever áreas já demarcadas. Por trás dessa tese sabemos que estão interesses poderosos que pretendem se apossar das terras indígenas para especulação e atividades econômicas como a mineração, que vão trazer inclusive danos ao meio ambiente. Precisamos impedir que isso ocorra, e os povos indígenas podem contar com o apoio da Bancada do PT”, disse Bohn Gass.
Pelo Twitter, a deputada Gleisi Hoffmann registrou a sua presença no acampamento e explicou o motivo da visita. “Estivemos no acampamento indígena em Brasília, que desde semana passada acompanha o julgamento do STF sobre o Marco Temporal. Fomos levar solidariedade e apoio à luta que estão fazendo. É cruel o tratamento dado por esse governo às comunidades indígenas”, afirmou.
Também participaram da visita ao acampamento indígena Luta Pela Vida os deputados petistas Nilto Tatto (SP), Célio Moura (TO), Carlos Zarattini (SP) e Helder Salomão (ES).
Mobilização indígena
O acampamento Luta Pela Vida é uma das maiores mobilizações indígenas já realizada no Brasil. Desde o último dia 22 de agosto mais de 7 mil indígenas – representando 170 etnias – acampam no local realizando atividades diárias, como marchas e vigílias em frente ao STF. O objetivo da mobilização é pressionar o STF para não acatar a tese do Marco Temporal e impedir o avanço do projeto de lei 490/2007 no Congresso Nacional.
Héber Carvalho
