O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), Luiz Couto (PT-PB), enviou nesta quinta-feira (29), pedidos de informações sobre quais medidas estão sendo tomadas para apurar possíveis ameaças de morte contra o padre Júlio Lancellotti, em São Paulo. Os ofícios foram encaminhados ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smanio, e Mágino Barbosa Sílvio, secretário de Segurança Pública de São Paulo.
O padre Júlio Lancelotti teria sido, segundo militantes dos direitos humanos, novamente ameaçado de morte. Desta vez, as ofensas teriam como ponto de partida uma ação policial, nessa quarta-feira (28), na região central de São Paulo, na chamada Cracolândia.
Além de usuários de drogas que estavam no local, os policiais teriam agredido moradores em situação de rua e agentes da Pastoral de Rua. Segundo o religioso, essas ações têm sido realizadas em conjunto entre a Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar do Estado de São Paulo.
De acordo com o padre Júlio, durante a operação foram ditas frases como “nós não mataremos vocês, mas os exterminaremos até o Natal deste ano, podem esperar e inclusive o padre que defende vocês”.
“A CDHM tem atribuição de receber, avaliar e investigar as denúncias relativas à ameaça ou violação de direitos humanos. E, mais uma vez, o padre Júlio foi ameaçado de morte porque desenvolve um trabalho de atenção, apoio e acolhimento junto à população em situação de rua de São Paulo. Queremos saber que providências foram tomadas para identificar e punir os agressores. Esse tipo de comportamento é mais uma ameaça à nossa democracia”, explica Luiz Couto.
Coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo e defensor de direitos humanos, o padre afirma que também tem sido vítima de ameaças de morte postadas em redes sociais, principalmente de moradores e comerciantes da região da Mooca, na Zona Leste da capital, onde tem uma forte atuação.
Assessoria de Comunicação CDHM