A aprovação da PEC do trabalho escravo (PEC 57/99) pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal foi tema de discurso proferido pelo deputado Valmir Assunção (PT-BA) nesta semana. Para o deputado, a PEC, que agora vai ao plenário do Senado, não pode sofrer alteração. “O conceito de trabalho já foi debatido, discutido, toda a sociedade conhece”, argumentou.
Conforme denunciou Valmir Assunção, são justamente os ruralistas que, constrangidos em votar contra a PEC, querem mudar o conceito do que é trabalho escravo no Brasil, antes que a matéria vá para o plenário do Senado.
“Não podemos mais admitir que o Brasil conviva com situações de exploração do trabalhador e, mais ainda desta, forma vil e desumana que é trabalho escravo”, afirmou.
Valmir Assunção chamou a atenção para recente atualização da lista suja do trabalho escravo, mantida pelo Ministério do Trabalho e Emprego na qual constam 504 empregadores. “No entanto, o destaque escandaloso está no envolvimento de oito políticos, todos ruralistas, na lista suja por terem sido flagrados com a utilização de trabalho escravo”, denunciou.
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Jonas Tolocka
Foto: Gustavo Lima / Agência Câmara