Na data em que é celebrado o Dia Mundial da Educação – 28 de abril -, as palavras resistência e luta são as bandeiras erguidas diante da caneta da maldade de Bolsonaro, que fez da educação sua inimiga com os recentes bloqueios de R$ 2,7 bilhões no Orçamento de 2021. Essa é a avalição da coordenadora do Núcleo de Educação e Cultura do PT no Congresso, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), para quem “a educação é o principal alvo da tesoura presidencial”.
“Em plena pandemia, estamos percebendo que cada vez mais o governo deixa aqueles que não têm acesso, ainda mais distantes do conhecimento. Portanto, não temos o que comemorar, mas temos que fazer do 28 de abril um dia de resistência, um dia de luta”, recomendou.
A professora descreve que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, sancionada no último dia 22, carrega cortes profundos em diversas áreas. Além do Ministério da Educação com bloqueio de R$ 2,7 bilhões, a tesoura picotou também os orçamentos dos ministérios da Economia com R$ 1,4 bilhão; Defesa com R$ 1,3 bilhão; e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que teve o sexto maior bloqueio: R$ 372 milhões.
“No Brasil de hoje, pensar em educação é pensar que ela não está na agenda deste governo. Um governo que elegeu a educação como inimiga, que desde o primeiro momento de sua gestão não colocou a educação na agenda, não colocou a educação em destaque nas políticas que o governo poderia implementar”, lamentou a deputada do Mato Grosso.
Mobilizar e denunciar
Rosa Neide disse ainda que professores, profissionais da educação, estudantes e suas famílias não perderam a esperança e os sonhos de uma educação inclusiva, conforme prevê a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A declaração exige educação elementar gratuita e obrigatória.
“Vamos nos mobilizar e denunciar os retrocessos do governo Bolsonaro que impedem os avanços e melhorias da educação brasileira. O nosso País precisa de uma educação que liberte mentes e corações e que garanta que as gerações futuras não repitam o erro de eleger um genocida no lugar de um professor”, observou Rosa Neide.
Ministro decorativo
Pela sua conta no Twitter o presidente da Comissão de Legislação Participativa, deputado Waldenor Pereira (PT-BA), também se manifestou. “O ministro decorativo Milton Ribeiro diz que o MEC segue “a linha do Bolsonaro”. Verdade: o MEC finge que a pandemia não existe e abandona os estudantes sem internet, sem merenda e sem planejamento igualzinho o presidente”, escreveu.
Apagão
Também pelas redes sociais, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) se pronunciou: “Nesse Dia da Educação quero expressar toda a minha indignação pelo apagão que vivemos na educação com o (des)governo Bolsonaro. Perdemos qualidade, orçamento, gestão e a oportunidade de darmos um futuro melhor para nossas crianças e jovens”, lamentou.
Benildes Rodrigues