Realização da Copa América será debatida em Comissão na Câmara

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A realização de uma audiência pública sobre “os impactos da Copa América no contexto da crise sanitária da Covid-19 no Brasil e as devidas responsabilidades pela realização do evento” foi aprovada em reunião deliberativa, nessa terça (8), da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados (CLP). A proposta é do deputado Rogério Correia (PT/MG). Ainda não há data definida para o debate.

O torneio, que seria realizado na Argentina e Colômbia, foi transferido para o Brasil por conta do aval do presidente da República, Jair Bolsonaro. Quando confirmou a Copa América no Brasil, o presidente da Conmebol, responsável pela competição, Alejandro Dominguez, agradeceu a Bolsonaro. A primeira partida acontece no próximo domingo (1).

A Copa América recebe críticas de infectologistas, de veículos de imprensa e da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, por acontecer em plena pandemia de coronavírus. Até a noite de do dia 7, o Brasil havia registrado 474.614 óbitos e 16.985.812 pessoas infectadas pelo coronavírus, desde o início da pandemia. Só nessa segunda-feira foram registradas 1.119 mortes e 39.712 novos casos.
“Copa América no Brasil, com risco de terceira onda, é jogar lenha na pandemia e, portanto, uma atitude genocida. Os responsáveis assumem o risco de matar. Além disso, o ritmo de vacinação não garante imunidade para fazer um evento desse tamanho”, alerta Rogério Correia.

Indígenas

Os indígenas têm enfrentado uma escalada de violência, com a omissão do Estado, por meio do aumento das invasões, grilagem e exploração ilegal nas terras tradicionais. Além disso, os indígenas também sofrem com a pandemia. De acordo com dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), divulgados em 16 de abril, 52.448 indígenas já foram infectados pelo coronavírus e 1.038 indígenas perderam a vida para a Covid-19, em 163 povos.

Entre as situações que serão discutidas está a omissão da Funai em casos como os dos povos Kayapó do Pará e Tupinambá de Olivença, do Sul da Bahia.

A ideia de reunir parlamentares e a sociedade civil em uma audiência pública sobre esse tema é do presidente da CLP, deputado Waldenor Pereira (PT-BA), subscrito por outros parlamentares.

“Os povos indígenas vêm sendo agredidos e discriminados pelo governo federal todos os dias. Tanto do ponto de vista da demarcação de terras, como também pelo preconceito à forma de vida dos povos originários do Brasil, além de perseguir e criminalizar as lideranças. Também queremos mobilizar a Câmara em torno dos projetos de lei que estão na Casa e tratam dos indígenas”, destaca o presidente da CLP.
Assessoria de Comunicação-CLP

 

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