Vários deputados da Bancada do PT na Câmara manifestaram repúdio e indignação com a atitude da Polícia Civil de São Paulo, que invadiu na manhã desta sexta-feira (4) a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), do MST, em Guararema (SP). Segundo eles, a atitude é intolerável e tem como único objetivo criminalizar os movimentos sociais no País. Sem apresentar qualquer mandado judicial, os policiais pularam o portão da escola, ameaçaram prender várias pessoas e ainda atiraram para o alto em sinal de intimidação.
Por meio de nota oficial, o coordenador do Núcleo Agrário do PT, deputado João Daniel (SE), considerou a invasão uma atitude inaceitável e arbitrária. “Toda essa ação ilegal é lastreada por um Estado de exceção implantado no Brasil a partir do golpe que afastou a presidenta Dilma e colocou em seu lugar um presidente sem voto e sem respaldo popular”, disse.
Conheça opinião divulgada em redes sociais por outros parlamentares petistas:
Ana Perugini (SP) – “Vim dos movimentos sociais e hoje assisti à hostilização, a violência contra tudo o que defendo. Nossa jovem democracia está sendo ferida de morte”.
Assis Carvalho (PI) – “Não vamos tolerar a criminalização dos movimentos sociais. Toda solidariedade ao MST, que é feito por trabalhadores e não por bandidos”.
Erika Kokay (DF) – “Ação do golpe: Prisões de integrantes do MST faz parte da lógica de criminalizar a resistência democrática e a luta por direitos. Toda nossa solidariedade ao MST e repúdio à invasão ilegal e violenta da Policia Civil de SP à ENFF”.
José Guimarães (CE) – “Prestamos toda a nossa solidariedade aos estudantes e repudiamos a atitude dos policiais que de forma arbitrária e usando de extrema violência atacaram pessoas inocentes”.
Luizianne Lins (CE) – “O MST é um movimento social legítimo, merece respeito e ter seus direitos preservados. Este é mais um ato de criminalização dos movimentos sociais no Brasil”.
Marcon (RS) – “Invasão policial é mais uma ação de criminalização dos movimentos populares”.
Margarida Salomão (MG) – “Intolerável a criminalização dos movimentos sociais e as seguidas agressões ao estado de direito. O que nos faz lembrar: Golpe é golpe! ”.
Nilto Tatto (SP) – “Movimento social não é organização criminosa, apesar de o governo golpista e as forças mais retrógradas da sociedade, da política e da mídia, insistirem nesta tese”.
Paulo Teixeira (SP) – “É a completa criminalização do MST, um movimento legítimo de democratização do acesso à terra. É inaceitável a ação ilegal das polícias reprimindo um movimento social fundamental para a construção de um pais mais justo e fraterno”.
Pepe Vargas (RS) – “Me solidarizo com o MST e cobro uma investigação rápida sobre a motivação e possíveis excessos de ação policial em três estados. Em especial, a desencadeada na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, São Paulo (SP). A repressão aos movimentos sociais não pode ser tolerada”.
Valmir Assunção (BA) – “Essa movimentação faz parte de mais uma tentativa de setores golpistas tentarem enquadrar movimentos legítimos como organização criminosa”.
Valmir Prascidelli (SP) – “A tentativa é a de criminalizar os movimentos estudantis e o MST, um dos mais importantes movimentos sociais do Brasil e que luta de forma legítima para que todos tenham o acesso à terra. Inaceitável! ”.
Zé Carlos (BA) – “Mais uma vez registro meu repúdio à violência que vem sendo cometida contra o MST, em razão da criminalização dos movimentos sociais defendida por setores do atual Governo Federal e das autoridades políticas que, em diversos estados, apoiam esse governo”.
Também divulgaram nas redes informações e críticas à invasão os deputados petistas Angelim (AC), Chico D’Ângelo (RJ), Ênio Verri (PR), João Daniel (SE), José Mentor (SP), Leo de Brito (AC), Maria do Rosário (RS), Patrus Ananias (MG), Paulo Pimenta (RS), Vicente Cândido (SP), Vicentinho (SP), Wadih Damous (RJ) e Zé Geraldo (PA).
Héber Carvalho