Petistas pedem rigor nas investigações da operação “Nexum”, que envolve o filho 04 de Bolsonaro                                                 

Deputado Pedro Uczai. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A operação “Nexum”, da Polícia Civil do Distrito Federal, que investiga grupo suspeito de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro, foi tema dos discursos de vários parlamentares do PT na sessão desta quinta-feira (24). “A operação coloca em público uma organização criminosa de estelionato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e corrupção. E um dos envolvidos é o filho mais novo do ex-presidente Bolsonaro, o Renan Bolsonaro”, informou o deputado Pedro Uczai (PT-SC).

O deputado enfatizou que o filho 04 de Bolsonaro agora virou, segundo suspeitas das denúncias, “trombadinha” do Palácio do Planalto. “Ele ia para o Palácio, pegava presentes que o presidente recebia, e a suspeita é de que vendia para juntar dinheiro. Já não bastassem todas as joias do ladrão de joias, do seu pai presidente, agora a família inteira está envolvida nesses escândalos”, criticou Uczai.

O deputado catarinense disse que o que mais o impressiona não é o valor de R$ 16,5 milhões de joias. “A grande pergunta é: como é que um presidente de outro país, dos fundos árabes, dá um presente milionário para um chefe de Estado? Porventura seria a entrega do patrimônio do povo brasileiro, como a Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, que privatizaram pela metade do preço? Estava avaliada inicialmente em US$ 4 bilhões e foi vendida por menos de US$ 2 bilhões. É essa a razão dos presentes?”,  indagou.

Para Pedro Uczai, é essa investigação que tem que se fazer. “É possível investigar, e o resultado poderá mostrar que não foi só roubo de joias, foi roubo de um patrimônio histórico do povo brasileiro. Temos que ver as privatizações que o Bolsonaro entregou para os fundos árabes. Aí vão se associar as joias, os R$ 16,5 milhões e os R$ 500 mil. Todos esses milhões em joias poderão indicar uma denúncia muito mais grave, que foi a entrega do patrimônio do povo brasileiro nas privatizações do setor de óleo e gás”, afirmou.

Não é perseguição

Deputado Helder Salomão. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O deputado Helder Salomão (PT-ES) desabafou: “Não damos conta de mais uma operação!”. Ele informou que a operação “Nexum”, que tem como alvo o filho de Bolsonaro chamado de 04 e mais 6 pessoas, e que um aliado dele, inclusive, foi preso. “Na verdade, é preciso dizer aqui que não se trata de perseguição, mas de uma investigação da Polícia Civil do Distrito Federal contra um grupo suspeito de praticar estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Se eles não devem, vão ter que provar que isso que está sendo apresentado na investigação da Polícia Civil não procede”, afirmou.

Helder Salomão explicou que o grupo, segundo a investigação, agia a partir de um laranja e de empresas fantasmas usadas por Maciel Carvalho, o instrutor de tiro do filho do presidente. “Ele, o tal do Maciel — que, inclusive, foi preso hoje — usava empresas fantasmas, até mesmo falsidade ideológica. Existem documentos de posse da Polícia Civil que mostram que ele usava outra identidade, com o objetivo de ocultar a propriedade de bens de uma suposta sociedade entre eles. Isso é grave e tem que ser investigado”, defendeu.

 

O cerco está fechando

Deputado Bohn Gass. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Ao comentar sobre a operação “Nexum”, o deputado Bohn Gass (PT-RS) afirmou que o cerco está fechando para a família do ex-presidente. “Bolsonaro é um criminoso contumaz. Fecham-se agora todos os cercos para ele. As notícias, já com provas sobre divulgação de fake news, onde ele dizia que não tinha nada a ver, ele mesmo teve que, agora, provar que fez fake news. Ele ia ser contestado essa semana com provas, e aí foi se hospitalizar”, criticou.

Bohn Gass citou ainda o caso das joias e a recompra do Rolex. “Ele recebeu e confessou… Ele recebeu um hacker para roubar a eleição no Brasil. Bolsonaro é réu confesso e está onde tem que estar: respondendo pelos seus crimes na Justiça”.

O deputado citou ainda que o filho mais velho de Bolsonaro está denunciado. “O filho mais velho é denunciado por lavagem de dinheiro, estelionato e organização criminosa. Agora, o mais novo, pasmem, também está suspeito de lavagem de dinheiro, estelionato e organização criminosa. Então, que os órgãos da Justiça brasileira atuem para responsabilizar definitivamente os criminosos contumazes, como os Bolsonaro”, pediu.

 

Vânia Rodrigues

 

 

 

 

 

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