Petistas denunciam golpe na Bolívia e se solidarizam com Evo Morales

Mais um golpe é consumado na América Latina. O presidente da Bolívia recém-reeleito, Evo Morales, renunciou ao cargo de presidente da República, neste domingo (10), após as Forças Armadas e a Defensoria Pública boliviana aderirem ao golpismo promovido pela oposição, com apoio dos Estados Unidos e, inclusive, do governo brasileiro.

Os parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais para repudiarem o golpe e prestarem solidariedade ao povo boliviano e ao presidente Evo Morales.

“Evo Morales não tem qualquer acusação judicial contra si, mas golpistas querem prendê-lo porque está em curso a destruição da democracia e do Estado de Direito na Bolívia por parte das elites que dominaram o país por dois séculos e não aceitam ser derrotadas por um indígena. A extrema direita local (Luis Camacho) e continental está por trás desse golpe. Toda nossa solidariedade a Evo Morales, Álvaro Garcia e ao povo boliviano. Que logo possam retomar a normalidade democrática”, afirmou o líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS).

Para a presidenta do PT nacional, Gleisi Hoffmann (PR), a “Direita não combina com democracia. Outro golpe na América Latina. Tirar Evo da presidência, desconhecer o resultado da eleição e não se submeter a outra é típico da elite atrasada, violenta e submissa ao capital. Agora vão tirar os direitos do povo Boliviano. Já conhecemos esse script”, denunciou Gleisi.

A Professora Rosa Neide (PT-MT) usou seu Twitter par destacar que Evo renunciou para evitar mortes. “A direita na América Latina recorre sempre à violência para fazer valer seu pensamento. Evo Morales renuncia para evitar um banho de sangue e uma guerra civil na Bolívia. Força, Evo. ”

“Sem aceitar o jogo democrático, a oposição ameaça com um Golpe Militar, forçando a renúncia de Evo. Vergonha! Espero que o Brasil e suas forças – incluindo organizações sociais e editoriais de imprensa – repudiem tal absurdo”, escreveu a deputada Maria do Rosário (PT-RS) em suas redes sociais.

Para o deputado Assis Carvalho (PT-PI) é um dia triste. “Com o golpe de Estado, onde Evo Morales foi obrigado a renunciar, quem perde é o povo boliviano. Quem ganha é a elite que não aceita a democracia, nem que os pobres tenham direitos. Dia triste para a América Latina”.

Os deputados Erika Kokay, José Guimarães, Carlos Veras, Alexandre Padilha e Odair Cunha, também denunciaram o golpe na Bolívia e desejaram forças ao presidente Evo Morales.

Terrorismo

“Evo Morales renuncia em meio a um golpe fascista. A ultradireita queimou casas de suas irmãs, de dois governadores, além de agredir e humilhar publicamente uma prefeita publicamente. A ultradireita e as elites não toleram a democracia. Evo foi eleito no primeiro turno”, afirmou Reginaldo Lopes (PT-MG).

Pouco antes de Morales oficializar sua saída da presidência, governadores, deputados, senadores, ministros e a presidenta do Tribunal Supremo Eleitoral deixaram seus postos em meio ao avanço da violência dos golpistas, que queimaram casas e perseguiram parentes dos moralistas.

Para o deputado Nilto Tatto (PT-SP) o terrorismo praticado pela oposição levou Morales a renunciar. “Apesar de Evo Morales ter convocado novas eleições, o golpe de Estado na Bolívia se consumou. Com agressões e terrorismo contra os familiares de ministros e ocupantes dos altos cargos do governo, a oposição conseguiu que Evo renunciasse à presidência. Evo, o mundo está contigo”.

“Mais um golpe na América Latina. A renúncia de Evo na Bolívia é reflexo desse neoliberalismo cruel e desse movimento fascista que burla processos eleitorais, esmaga democracias, retira direitos, persegue cidadãos e estimula o ódio, preconceito e violência”, escreveu Leonardo Monteiro (PT-MG) em suas redes sociais.

Waldenor Pereira (PT-BA) repudia mais um ataque à democracia na América Latina. “Golpe de Estado na Bolívia: mesmo após convocar novas eleições, atendendo às manifestações do povo, o exército da Bolívia – atuando em favor da extrema direita – coagiu e o presidente reeleito, Evo Morales, renunciou. Repudiamos mais este atentado à democracia da América Latina”.

Novas Eleições

Para alguns deputados o melhor para o futuro da Bolívia são novas eleições. “O golpe na Bolívia é gravíssimo! As elites bolivianas, com apoios externos, não aceitam o resultado das eleições nem a convocação de novas eleições por Evo Morales. Somente eleições livres e democráticas podem resolver a crise na Bolívia”, alertou o deputado Helder Salomão (PT-ES).

Paulo Teixeira (PT-SP) também foi na mesma linha de Helder Salomão: “Golpe na Bolívia derruba Evo Morales. É fundamental eleições livres para decidir o futuro do País. ”

Lutar pela Democracia

“Devemos zelar muito pela democracia. A América Latina possui um passado recente de autoritarismo e ditaduras estabelecidas pelas classes dominantes. Foi por meio da democracia que forças populares conseguiram vencer e é justamente este caminho que está ameaçado”, denunciou a deputada Natália Bonavides (PT-RN).

Valmir Assunção (PT-BA) escreveu em seu Twitter que a luta em defesa da democracia deve ser latino-americana. “Um golpe de Estado se consumou na Bolívia. Forças elitistas e de direita desrespeitam a soberania popular e desestabilizam o país vizinho. Nossa luta em defesa da democracia deve ser latino-americana! Solidariedade ao povo boliviano e a Evo Morales”.

Para Henrique Fontana (PT-RS) a renúncia do presidente boliviano escancara o caráter antidemocrático da extrema direita. “A renúncia de Evo Morales escancara o caráter antidemocrático da extrema direita. Evo ganhou nas urnas e assistiu seu poder ser tomado por um golpe. Esse é um dia lastimável para a América Latina”.

Margarida Salomão (PT-MG) pediu um basta aos golpes. “Há um fardo pesado nos ombros da esquerda da América Latina. Não basta ser a única a se preocupar com justiça social. Ela é, ainda, a única a cultivar um compromisso inalienável com a democracia. Nossa solidariedade a Evo Morales e aos democratas da Bolívia. Chega de golpes”.

“A extrema direita e o fascismo destruindo a democracia de mais um país. Força, companheiro Evo Morales, o povo está do seu lado”, se solidarizou o deputado Marcon (PT-RS).

Estados Unidos da América e a direita

“EUA querem a América Latina como seu quintal e dão mais um golpe. Agora, na Bolívia. Respeitar voto e a soberania não é com essa turma aliada de Bolsonaro. Para eles só na porrada”, denunciou o deputado Alencar Santana (PT-SP) em suas redes sociais.

Luizianne Lins (PT-CE) afirma estar preocupada com a união da direita com os EUA. “Muito nos preocupa o rumo que as coisas estão tomando na América Latina com a união da direita e dos EUA para derrubar governos eleitos democraticamente. Estejamos atentos. ”

O deputado Bohn Gass (PT-RS) escreveu que é preciso atenção. “O golpe na Bolívia recomenda que estejamos muito atentos. Golpistas, por definição, são covardes, escrupulosos e traiçoeiros. ”

“América Latina mostra que suas elites são “mudernas” na hora dos convescotes sociais, na Disneylândia, nos shoppings de Miami ou nos cassinos de Las Vegas; na vida real exalam o mau cheiro da podridão e da “força da grana que ergue e destrói coisas belas”. Escreveu Rogério Correia (PT-MG) em seu Twitter.

O deputado padre João (PT-MG) destacou em sua conta no Twitter: “Os golpes se alastram na América Latina. Resistir sempre. O capitalismo é cruel, excludente, imoral. Força ao povo da Bolívia e a Evo Morales. Ditadura nunca mais. Nem aqui, nem lá.”

 

Lorena Vale com Revista Fórum

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