Parlamentares da Bancada do PT se revezaram na tribuna da Câmara, nesta quinta-feira (2), para falar do Bolsa Família, programa reconhecido internacionalmente como decisivo para que o Brasil saísse do Mapa da Fome nos governos do PT. Extinto pelo governo Bolsonaro, o Bolsa Família foi relançado hoje, pelo presidente Lula. “O dia hoje é histórico para o nosso País”, celebrou o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).
O novo Bolsa Família apresenta mudanças importantes. A primeira delas é definitiva: todas as famílias receberão, no mínimo, R$ 600. Haverá também um adicional de R$ 150 por criança de zero a 6 anos, além do benefício adicional de R$ 50 para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos e para as mulheres gestantes.
Guimarães relembrou que o Bolsa Família foi considerado pela ONU e outros organismos internacionais como um dos programas de maior transferência de renda, um programa que tirou 36 milhões de brasileiros e brasileiras da condição de miseráveis, que deu cidadania e segurança alimentar para milhares e milhões de brasileiros e brasileiras. “E quem conhece a periferia das grandes cidades e, especialmente, o Nordeste brasileiro, que é a nossa Região, sabe muito bem. E quem tem sensibilidade e compromisso humano com os mais pobres sabe o impacto que esse programa teve na vida das famílias brasileiras”, reiterou.
O líder do governo disse ainda que o relançamento do Bolsa Família deve ser visto como algo fundamental naquilo que é o compromisso do novo governo Lula de combater a pobreza que já atinge mais de 33 milhões de pessoas. “Esse programa, com os condicionantes que ele inclui, vai dar, na área da saúde, da educação, das políticas públicas em geral, condições para que o nosso País se reencontre com aquilo que foi, no passado, a maior vitória do nosso governo, que foi tirar o Brasil do mapa da fome”, afirmou.
Dia de fazer o “L”
Ao comemorar o relançamento do Bolsa Família, o deputado Helder Salomão (PT-ES), afirmou que hoje “era o dia de fazer o “L” porque o presidente Lula estava garantindo a volta do Bolsa Família. “Esse programa foi criado pelo governo Lula em outubro de 2003. O ex-presidente Bolsonaro mudou o nome, acabou e desestruturou com o Programa Bolsa Família, mas, agora, ele é relançado. Todas as famílias inscritas no programa receberão, no mínimo, R$ 600, além dos adicionais”, explicou.
O deputado destacou ainda que esse programa de transferência de renda conjuga duas coisas muito importantes: a garantia do acesso à saúde e à educação. “Isso tudo o governo anterior retirou quando criou o tal do Auxílio Brasil, um programa eleitoreiro, que não tinha nenhuma preocupação com as famílias brasileiras. Portanto, o programa Bolsa Família é uma demonstração de que o presidente Lula quer cuidar, vai cuidar e já está cuidando das famílias brasileiras”.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) também elogiou a volta do Bolsa Família. “O Lula ganhou as eleições pra isso: melhorar a vida dos brasileiros, por isso, nós continuamos fazendo o ‘L’. Agora, 21 milhões de famílias vão receber os R$ 600, que serão acrescidos de R$ 150 por criança de até 6 anos”, afirmou. Ele também destacou a importância de o programa exigir vacina e pré-natal. “O Bolsa Família agora é acompanhado de política pública, é acompanhado de vacina e de educação pública”, completou.
Condicionalidade
Para a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) hoje é um dia muito feliz para quem conheceu a fome para quem sabe como é importante ter um Bolsa Família, para quem sabe como é importante cuidar daqueles mais vulneráveis. “É bom vir a esta tribuna dar boas notícias. E essa é uma boa notícia, porque já tivemos 36 milhões de pessoas que deixaram de passar fome neste País. Mas, infelizmente, nós voltamos para o mapa da fome”, lamentou.
O Bolsa Família, enfatizou Benedita da Silva, é uma transferência de renda que tem condicionalidade. “O programa está ligado ao direito de a criança estar vacinada, estar na escola. Tudo isso é muito importante é didático para que a cidadã e o cidadão que recebam o benefício saibam que ele tem esse direito e que o governo de Lula está cumprindo o direito da Constituição de cuidar do cidadão. Essa é a importância de nós estarmos falando hoje sobre o novo Bolsa Família, que vai atender a criança, vai chegar ao adolescente, à gestante e às famílias mais vulneráveis”, comemorou.
Alma lavada
O deputado João Daniel (PT-SE) também disse que o dia era especial para quem passou os últimos 7 anos, dia a dia, vendo serem demolidas as políticas públicas. “E nós, hoje, estamos aqui, com prazer, de alma lavada, por saber que o povo negro deste País, que o povo pobre deste País, que o povo trabalhador, que a classe média, que parte dos empresários tiveram a clareza de que este País é grande e precisava ter um presidente para voltar a olhar para o povo brasileiro”, observou. Ele acrescentou que o Bolsa Família é um programa de dignidade, que garante R$ 600 para as famílias vulneráveis e leva para cada mãe que tem filhos e filhas de até 6 anos de idade R$ 150.
Na mesma linha, a deputada Ana Paula Lima (PT-SC) afirmou que a palavra certa para destacar o governo Lula é o cuidado. “É o cuidado com o que há de melhor no Brasil, que é o povo brasileiro, que é a vida do povo brasileiro. Infelizmente o antigo presidente, o genocida, não cuidou do povo e 33 milhões de brasileiros voltaram para o Mapa da Fome”, denunciou. Ela comemorou a volta do Bolsa Família. “Isso significa cuidar do povo brasileiro. Isso é respeito”, completou.
Programa impacta a vida das mulheres
Ao falar da importância do Bolsa Família, a deputada Carol Dartora (PT-PR) destacou o quanto o programa impacta a vida mulheres, o quanto ele é significativo para a vida das mulheres. “Nós vivemos num país onde mais da metade das mulheres mães de crianças de 0 a 3 anos está desempregada. Então, o Bolsa Família tem um papel fundamental nessa retomada econômica do nosso País, e não poderia ser diferente do que pensar que essa retomada econômica tem que olhar as questões do cuidado, tem que olhar as mulheres, tem que olhar a renda para as mulheres, e o Bolsa Família tem esse significado tão importante”, observou.
A deputada Jack Rocha (PT-ES) relembrou que estamos vivendo um momento de reconstrução. “Afinal de contas, o negacionismo tirou quase 700 mil vidas. Mas hoje é um marco histórico, porque a volta do Bolsa Família vai garantir que mais de 700 mil famílias brasileiras possam ser atendidas pelo maior programa de transferência de renda que já existiu na história do Brasil”, comemorou.
Esse programa, continuou Jack Rocha, “é um olhar para cada pessoa, para cada ser humano, para cada brasileiro, para cada brasileira que terá a oportunidade de ganhar esse valor de R$ 600, de R$ 150 por criança, de R$ 50 a mais para as gestantes e para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos. Um olhar não apenas pelo lado do dinheiro, mas pela transformação como uma pauta da dignidade”.
Sonhos
O deputado Luiz Couto (PT-PB), ao comemorar a volta do Bolsa Família, afirmou que é necessário mostrar a cada dia a importância de dar condições para que as pessoas possam viver com dignidade. “Esse novo programa veio reavivar sonhos, que, por 4 anos, estavam perdidos, porque o governo anterior achava que tudo tinha que ser destruído e acabou com tudo aquilo que foi construído. Mas agora o povo brasileiro vai ter esse programa novamente”.
E o deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) afirmou que o maior desafio de todos no novo governo Lula é erradicar a fome, como já feito no passado, quando, somando-se ao pleno emprego, nós vimos o povo brasileiro tendo o direito de tomar café, almoçar e jantar. “O novo Bolsa Família, que foi referência no mundo e que agora vai ser retomado no nosso País, é para que nós possamos ver comida no prato, para que as pessoas possam ter renda, para que as pessoas, de forma articulada, com políticas, possam ver as crianças dentro da escola, combatendo a questão do trabalho infantil, na soma de esforços nós vemos, logo aí adiante, o Brasil voltando a ter oportunidade de ver o seu povo com a dignidade de poder se alimentar, de poder ter segurança alimentar”, completou.
A volta da dignidade
Para o deputado Marcon (PT-RS), o relançamento do Bolsa Família, é a volta da dignidade para aqueles que foram “odiados e massacrados” no tempo do Bolsonaro. “Só pode falar em Bolsa Família quem já passou fome, quem sabe o que é passar fome. Eu sou apoiador e defendo que deveria ser muito mais do que R$ 600, ter acréscimo para quem tem mais filhos, para a mãe gestante, e assim por diante. Parabéns, presidente Lula! V.Exa. está mudando a história do Brasil, está olhando para aqueles que mais precisam”.
O deputado Valmir Assunção (PT-BA) disse que a carestia e a fome, no governo Bolsonaro, bateram na porta da casa das pessoas, em todo lugar deste Brasil. “E eu quero afirmar para todos vocês: O presidente Lula está governando o País com muita retidão, com muita transparência, com a participação da sociedade. Hoje é o lançamento do novo Bolsa Família. Quero parabenizar o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, quero parabenizar o presidente Lula, porque é desta forma que nós vamos combater a fome e a pobreza”, afirmou.
E na avaliação do deputado Jorge Solla (PT-BA), o novo Bolsa Família vai representar melhoria para 21 milhões de famílias em nosso Brasil e R$ 177 bilhões para fazer com que o Brasil possa voltar a sair do Mapa da Fome, como aconteceu em 2014.
Vânia Rodrigues