A menos de seis meses da eleição presidencial, Jair Bolsonaro voltou a fazer ontem (08), em Passo Fundo (RS), inaceitável incitação à violência política e à formação de milícias armadas para intimidar e atacar fisicamente os que lhe fazem oposição, ou seja: a ampla maioria da sociedade.
Com inacreditável desfaçatez, assumiu como política de seu desgoverno a facilitação da compra e uso de armas de fogo (“praticamente todo tipo de armamento”, ele disse) por supostos caçadores e colecionadores, para municiar o que chama de seu “exército”, que já passa de 600 mil no País.
O apelo à violência armada confirma a total incapacidade de Bolsonaro para governar no Estado Democrático de Direito. Confirma sua índole fascista e a intenção de se impor ao país pela força, diante da gravíssima crise social e econômica em que mergulhou o Brasil.
A sociedade brasileira e as instituições são chamadas a reagir diante dessa clara ameaça à democracia e ao exercício dos direitos políticos consagrados na Constituição. Bolsonaro e suas milícias armadas precisam ser contidos e responsabilizados por seus crimes.
É dever do Congresso Nacional e do Poder Judiciário reverter a criminosa e inconstitucional política armamentista de Bolsonaro.
O PT convoca todas as forças democráticas – partidos políticos, movimentos sociais, organizações e lideranças da sociedade – a resistir ao avanço do fascismo e da violência política que Bolsonaro encarna.
O Brasil precisa de crescimento, empregos e justiça social, não de armas. Precisa de paz; não de milícias. A saída para a crise é o voto democrático, a vontade soberana do povo; jamais a violência.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara dos Deputados
Paulo Rocha, líder do PT no Senado Federal
Brasília, 9 de abril de 2022