Greve de fome: “responsabilidade é de Cármen Lúcia”, afirma Paulo Teixeira

Na opinião do deputado Paulo Lula Teixeira (PT-SP), a greve de fome iniciada nesta terça-feira (31) por seis militantes em defesa da Constituição, por justiça, e pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “é a expressão da indignação popular com a perseguição” a Lula. “Se o Supremo Tribunal Federal tiver um olhar para a Constituição, ele tem que liberar o ex-presidente. O que essas pessoas estão fazendo é uma greve de fome em defesa da Constituição. Espero que eles decidam respeitar a Constituição”, diz o parlamentar.

Pelas redes sociais, vários deputados petistas também manifestaram apoio à greve de fome realizada em defesa da democracia, de Lula e do povo brasileiro. Pelo Twitter, o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Lula Pimenta (RS), disse que diante desse ato extremo “o STF tem obrigação de respeitar a Constituição e pautar o julgamento dos recursos sobre a presunção da inocência”.

Os ativistas em greve já deixaram claro que atribuem a responsabilidade por qualquer problema físico decorrente desse protesto aos ministros que votaram contra o habeas corpus do ex-presidente no dia 4 de abril, três dias antes de decretada a prisão de Lula. São eles Cármen Lúcia, atual presidente da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux e Rosa Weber. O recurso foi derrotado por 6 votos a 5.

Em entrevista coletiva na segunda-feira (30), o frei Sérgio Görgen responsabilizou também o juiz Sérgio Moro e os desembargadores do TRF4 João Pedro Gebran Neto e Carlos Eduardo Thompson Flores.

Para Paulo Teixeira, a responsabilidade é da presidente do STF. “Ela que está se negando a colocar em votação as ADCs. Essa greve de fome se endereça à Cármen Lúcia”. As Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) em questão são as de números 43 e 44, que tratam sobre a prisão após condenação em segunda instância. Ambas foram liberadas pelo ministro relator, Marco Aurélio Mello, no início de dezembro.

“A ministra Cármen Lúcia tem o dever de colocar em votação as ações sobre a presunção de inocência, o que ela se nega a fazer. Portanto, tudo o que essa greve de fome pede é o cumprimento da Constituição e exige a votação do Supremo sobre o tema”, diz Teixeira. Para ele, a greve de fome, assim como o Festival Lula Livre, realizado no Rio de Janeiro no sábado (28), acabam tendo o mesmo objetivo: “O respeito à Constituição e exigir do Supremo que solte Lula”.

Ao iniciar a greve, Frei Sérgio afirmou que “o jeito com que o Supremo nos tratar é o jeito que vai tratar o povo”. Para o ativista, os ministros do tribunal “não podem violar aquilo para o qual eles foram colocados no tribunal, que é zelar pela Constituição”.

Também demonstraram apoio os deputados petistas Arlindo Chinaglia (SP), Benedita Lula da Silva (RJ), Carlos Lula Zarattini (SP), Décio Lima Lula (SC), Erika Lula Kokay (DF), Helder Salomão (ES), João Lula Daniel (SE), José Guimarães (CE), Leonardo Lula Monteiro (MG), Luiz Lula Couto (PB), Margarida Lula Salomão (MG), Pedro Lula Uczai (SC), Pepe de Lula Vargas (RS) e Zé Carlos Lula (MA).

 

PT na Câmara com Rede Brasil Atual

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