Frente Parlamentar realiza ato na Câmara em defesa das universidades federais

Foto: Lula Marques

Um ato suprapartidário em defesa das universidades públicas federais liderado pelo deputado Leo de Brito (PT) foi realizado na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (22), e contou com a presença de parlamentares de sete partidos e membros da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes).

“[Nos] reunimos para dizer que não podemos ter essa situação de bloqueios e também de cortes orçamentários nas universidades federais. Nós assumimos um compromisso, como parlamentares, de recomposição desse orçamento. Se for necessário, bloquear os debates aqui na Câmara porque nós não podemos ficar parados e omissos diante de uma situação tão grave como essa que atinge as nossas universidades, os estudantes, funcionários e professores, tendo em vista que as universidades são extremamente importantes para o nosso País”, declarou Leo de Brito.

Cortes

O evento teve como objetivo chamar a atenção para os cortes orçamentários que as universidades federais estão enfrentando por parte do governo Bolsonaro. Em 27 de maio houve o bloqueio de 14,5% no orçamento. Já em 3 de junho, houve a reversão de 7% desse bloqueio. E, em 9 de junho, houve um remanejamento de 3,2% dos recursos ainda bloqueados.

Leo de Brito destacou a situação da Universidade Federal do Acre e do Instituto Federal do Acre que estão enfrentando problemas até para garantir a manutenção dos campi universitários, como na limpeza, segurança e podem fechar.

O presidente da Andifes, reitor Marcus David, reiterou que a situação enfrentada pelas universidades federais de todo o País é grave. “Em 2019, o orçamento discricionário das universidades foi de R$ 6,2 bilhões, estou tirando desse montante as despesas obrigatórias com pessoal. O orçamento que foi aprovado para 2022 é de R$ 5,3 bilhões. Isso representa 15% em valores nominais e quando consideramos todo o efeito inflacionário desse período, a nossa perda se aproxima de 30%, em 2022, se comparado a 2019”, detalhou Marcus David.

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara participaram do evento, entre eles o líder Reginaldo Lopes (MG), e os deputados Bohn Gass (RS), Paulo Teixeira (SP), Vicentinho (SP), Helder Salomão (ES), Pedro Uczai (SC) e Alencar Santana (SP).

 

Bolsonaro queimou a cara, diz Leo na Câmara

Em discurso na tribuna da Câmara, Leo de Brito também reforçou a importância do ato em defesa das universidades públicas federais e falou sobre a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira que culminou na prisão preventiva do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.

“O presidente Bolsonaro disse, meses atrás: Olha, eu não sou de fazer isso, mas eu boto a minha cara toda no fogo pelo Milton Ribeiro. Milton Ribeiro acaba de ser preso junto com os pastores bolsonaristas. O presidente Bolsonaro talvez nem saia hoje às ruas, porque certamente está com a cara toda queimada, toda queimada, porque ele botou a cara toda pelo ex-ministro Milton Ribeiro”, afirmou.

O parlamentar acriano fez um apelo ao ex-ministro Milton Ribeiro: “Delate! Delate! Faça uma delação premiada, já que Vossa Excelência está preso neste momento. Ministro Milton Ribeiro, delate quem mandou esses pastores fazerem esse esquema de propinas de bíblias chamado Bolsolão do MEC [Ministério da Educação]”.

Brito acrescentou que a Polícia Federal deve ir a fundo nas investigações envolvendo o possível desvio de verba do MEC.

“Tem que investigar os tratores. Tem que investigar as escolas fake. Tem que investigar todos os escândalos do Governo Bolsonaro. Na verdade, o bolsonarismo é um movimento falso moralista. Eles dizem que combatem a corrupção, mas a corrupção está nos diversos ministérios. A população não se engana mais. Eu espero que seja feita justiça e que os recursos que foram roubados do FNDE que poderiam ir para a educação sejam devolvidos aos cofres públicos”, frisou Leo de Brito.

 

Assessoria de Comunicação deputado Leo de Brito

 

 

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