O deputado federal Frei Anastácio (PT-PB) criticou a exclusão dos dados sobre violência policial do relatório de violações de Direitos Humanos 2019, pelo governo Bolsonaro. “Além de querer esconder mortos pela Covid-19, Bolsonaro quer ocultar os mortos pela violência dos maus policiais. Mais um absurdo desse governo miliciano com sua política genocida”, criticou o deputado.
O parlamentar, que é membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, repudiou “mais esse ato de desrespeito de Bolsonaro, para com as pessoas vítimas da violência policial”. O parlamentar disse ainda que apoia, integralmente, o pedido de explicação urgente, feito pelo presidente do colegiado, deputado Helder Salomão (PT-ES), ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
“Não dá para entender como um ministério dos Direitos Humanos quer excluir os direitos das vítimas”, criticou. O parlamentar relata que a alegação do governo, de que há inconsistência nos dados coletados, é mais uma falácia. “Já sabemos que o governo prefere omitir dados importantes a criar soluções para os problemas, como está acontecendo com os dados sobre vítimas da Covid-19”, lamentou o deputado.
De acordo com ele, este é mais um sinal de falta de transparência desse governo que tenta impor seu desejo de impor uma ditadura no País. “O primeiro relatório do governo Bolsonaro omite dados de violência praticada pela polícia, onde ele tem uma base forte. Além de esconder mortes e outros atos ilegais, ele quer proteger os maus policiais e milicianos infiltrados”, enfatizou.
Frei Anastácio disse ainda que este relatório foi criado há 23 anos e proporciona um importante panorama sobre como os Direitos Humanos vêm sendo violados no Brasil. “A violência policial já estava crescendo nos últimos dois anos e a inconsistência de que falam é simplesmente para omitir os dados. Bolsonaro tem agido assim: se determinado dado não é favorável ao seu governo, ele esconde. Ele quer passar a ideia de que o governo vai muito bem. Mas, na realidade é um caos em todos os aspectos”, concluiu o parlamentar.
Assessoria Parlamentar