A deputada Erika Kokay (PT-DF) protocolou, nesta quinta-feira (9), representação contra o presidente Jair Bolsonaro na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC-MPF) por vetar peça publicitária do Banco do Brasil sob a justificativa de “excesso de diversidade”.
A parlamentar diz que a atitude de Bolsonaro de determinar, inclusive, a demissão do diretor de marketing do Banco do Brasil é um ataque à instituição.
“Não foi apresentado qualquer argumento técnico, mas deixando nítido, na verdade, o caráter ideológico, discriminatório e odioso que sempre pautaram e continuam a substanciar o comportamento e as ações preconceituosas de Bolsonaro, agora, no alto cargo de Presidente da República”, diz a parlamentar, no texto da representação.
Segundo informações divulgadas pela imprensa, a campanha custou cerca de R$ 17 milhões e havia sido recebida pelo mercado de forma extremamente positiva, resultando, já no dia seguinte à primeira exibição, na abertura de mais de 5 mil novas contas correntes.
“Desse modo, além de preconceituosa e criminosa, a interferência indevida do Representado na gestão da instituição financeira, a partir de suas visões ideológicas tacanhas, atrasadas, retrógradas e incompatíveis com os desideratos da sociedade atual, também causaram vultosos prejuízos ao Banco do Brasil, seja em função dos gastos com a construção da peça publicitária, que não foi utilizada para os objetivos divisados, seja em função da perda de clientes – notadamente da parcela negra da população -, que a Instituição Financeira pode sofrer, o que demonstra a temeridade da ação”, sustenta a parlamentar.
A deputada pede a adoção, pelo Estado brasileiro, de medidas e providências que permitam, por intermédio da persecução penal, civil e/ou administrativa (crime de responsabilidade), a oferta de uma resposta estatal que possa punir práticas deletérias como o racismo e a homofobia.
Assessoria de Comunicação