No dia 5 de setembro é comemorado o Dia da Amazônia. A maior floresta tropical do mundo é um dos patrimônios naturais mais valiosos da humanidade. A data foi criada com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância de sua biodiversidade e preservação. Com cerca de sete milhões de quilômetros quadrados, sendo cinco milhões e meio de florestas, distribuídos em nove países da América do Sul, o bioma é fundamental para o equilíbrio ambiental e climático do planeta e a conservação dos recursos hídricos.
A Amazônia tem sido alvo de inúmeras queimadas, destruições, desmatamento e descaso do atual governo. Desde que Bolsonaro assumiu a Presidência da República, o meio ambiente está em constante ameaça e sofre com a falta de recursos e desmonte dos órgãos fiscalizadores como o Ibama e o ICMBio.
“A Amazônia é uma das maiores riquezas do Brasil e da humanidade! Para Bolsonaro, é apenas um ‘grande espaço vazio’. A soberania do Brasil sobre a Amazônia é fundamental, mas só haverá soberania se o País for capaz de realizar um pacto pela preservação de suas florestas” escreveu em sua conta no Twitter a professora Rosa Neide (PT-MT).
Boletim divulgado pelo Imazon, em maio, demonstrava um aumento de 20% do desmatamento na Amazônia entre agosto de 2018 e abril de 2019. Já dados do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que aproximadamente 1 mil km² de floresta Amazônica foram devastados só na primeira quinzena de julho deste ano. A pesquisa do Inpe levou, inclusive, Bolsonaro a exonerar o presidente do órgão, Ricardo Galvão, sob a acusação, sem provas, de que os dados sobre desmatamento fariam parte de uma “campanha contra o Brasil”.
Nas Redes
Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais para celebrar o Dia da Amazônia, alertar sobre sua importância e denunciar o descaso do governo federal e os constantes focos de queimadas na floresta.
“Mesmo com a incapacidade do governo Bolsonaro de cuidar da Amazônia, o dia de hoje deve ser celebrado como forma de denúncia e resistência às queimadas e desmatamento na maior floresta do planeta. Bolsonaro NÃO! Amazônia SIM”, afirmou a deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Na mesma linha, o deputado Patrus Ananias (PT-MG) escreveu que o “dia de celebrar a floresta precisa ser também o dia de denunciar novamente os ataques, concretos e simbólicos, sofridos por ela. Do lado da preservação da Amazônia estamos, agora e sempre”.
Para Erika Kokay (PT-DF), “agora, mais do que nunca, é preciso recordar o Dia da Amazônia em defesa da floresta, dos povos tradicionais, de nossas riquezas naturais e acima de tudo, da vida”. A deputada Natália Bonavides (PT-RN) também destaca que a data de hoje tem um simbolismo maior. “Com os últimos acontecimentos, a data de hoje tem um simbolismo ainda maior. Os índices de desmatamento da Floresta Amazônica, ampliados pela política não ambiental de Bolsonaro, vem crescendo violentamente.”
“O 5 de setembro, Dia da Amazônia é especial neste 2019. Enquanto Bolsonaro incentiva a destruição da floresta e o extermínio de índios, o mundo vê o Brasil com preocupação. Que a Amazônia receba todas as homenagens merecidas. E que principalmente lutemos por ela. É necessário,” alertou Rogério Correia (PT-MG).
Para os deputados Afonso Florence (BA), Célio Moura (TO), José Guimarães (CE) e Beto Faro (PA), a questão Amazônica é urgente e o dever de proteger é de todos. Já para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), “não há nada a celebrar”.
“O governo nega o fogo na Amazônia ao mesmo tempo que tenta destruir o Código Florestal, privilegiando ruralistas, garimpeiros e mineradoras. Precisamos abrir os olhos e enxergar com clareza o que está sendo feito do nosso país”, denunciou o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, Nilto Tatto (PT-SP).
O deputado Carlos Veras (PT-PE) alerta que é preciso resistir. “O problema não é apenas o aumento das queimadas, mas a tendência destrutiva de Bolsonaro. Se nós não resistirmos, corremos o risco de não termos a Floresta Amazônia em pé ao final de seu governo”.
Waldenor Pereira (PT-BA) lembra que “enquanto nos governos do ex-presidente Lula a área protegida da Amazônia aumentou em 52,9% e o desmatamento caiu 82%, com o Jair, em apenas 8 meses de desgoverno, o desmatamento cresceu 278% comparado com o mesmo período do ano passado. É um verdadeiro massacre contra os povos indígenas, contra a nossa fauna e flora, enfim, contra o povo brasileiro”, criticou.
Lorena Vale com Agência PT de Notícias