Deputadas repudiam violência política de gênero e acionam Conselho de Ética contra deputados bolsonaristas

Deputadas federais, representadas pela Bancada Feminina no Congresso Nacional, divulgaram hoje (13) manifesto contra a violência política de gênero praticada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e também protocolaram representação na Procuradoria da Mulher da Câmara contra ele e o deputado bolsonarista Delegado Éder Mauro (PSD-PA) por quebra de decoro parlamentar. Ambos são acusados de praticar contra as deputadas federais, no ambiente de trabalho, violência de gênero, misoginia, sexismo, agressão verbal e assédio moral.

Durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, no 7 dia de abril, o bolsonarista Éder Mauro usou uma série de expressões extremamente agressivas e injuriosas contra as parlamentares que participavam do evento de forma remota.

Eduardo Bolsonaro, filho do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, além de concordar com a postura desrespeitosa de Éder Mauro publicou em seu Twitter, no dia 8 de abril, o vídeo da agressão, classificando o caso como “gaiola das loucas” e se referindo às mulheres deputadas como “pessoas portadoras de vagina na CCJ”.

“É espantoso que alguns parlamentares ainda insistam em atacar as mulheres que “ousam” usar de suas prerrogativas constitucionais e são eleitas para cargos eletivos”, afirmam as deputadas. “Deputados que desonram o cargo que ocupam, como representantes do povo, atacando o preceito da igualdade de direitos, a eles dizemos: Não Passarão. Não permitiremos que comportamentos como esses desestimulem as mulheres de participar ativamente da vida política em nosso país. Reagiremos e continuaremos a denunciar e lutar contra a violência política de gênero”, acrescentam as parlamentares no manifesto.

Assinam os dois documentos as deputadas da Bancada do PT na Câmara Benedita da Silva (RJ), Erika Kokay (DF), Gleisi Hoffmann (PR), Natália Bonavides (RN) , Maria do Rosário (RS), Marília Arraes (PE), Professora Rosa Neide (MT) e Rejane Dias (PI), mais as deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Tábata Amaral (PDT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Joice Hasselmann (PSL-SP) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

Já o manifesto também é assinado pelas parlamentares Alice Portugal (PCdoB-BA), Professora Dayane Pimentel (PSL-BA), Elcione Barbalho (MDB-PA), Fernanda Melchionna (PSOL-RJ), Lídice da Mata (PSB-BA), Professora Dorinha Seabra (DEM-TO), Professora Marcivania (PCdoB-AP), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Tereza Nelma (PSDB-AL).

Representação

Na representação as deputadas afirmam: “Não restam dúvidas de que a conduta dos parlamentares representados é grave e flagrantemente incompatível com a ética e o decoro que se espera de um representante do povo”, diz um trecho do documento.

Lorena Vale

 

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