A temática que esquentou as ruas do Brasil virou assunto na quarta-feira (22) na Comissão de Legislação Participativa (CLP). O contingenciamento dos recursos da educação e os impactos na manutenção e funcionamento das instituições de ensino foram temas de ampla discussão em audiência pública. Contribuíram com a discussão entidades representativas do setor como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (Cnte), Conselho das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e Fórum Nacional de Dirigentes de Campus Fora de Sede e Multicampi dos Ifes (Forcampi).
O deputado Rogério Correia (PT-MG) denunciou o desmonte da educação e a falta de diálogo do governo federal. “O ministro [da Educação] não apresenta um projeto, só faz provocações a estudantes e aos brasileiros. Se trata de um ministério que não tem uma proposta para os problemas da educação”, concluiu.
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), presidente da CLP, reiterou a importância da pauta e apostou no crescimento da mobilização. “Há uma grande expectativa para o dia 30, que terá uma mobilização muito maior! Eles precisam entender que na educação não se mexe! Não podem acabar com nosso futuro, nossa soberania e ciência”. Ele também ressaltou que as instituições de ensino estão com a corda no pescoço. “Na minha região em Minas, os institutos federais e universidades estão inteiramente mobilizados para defender o que é seu por direito. Sem isso, logo fecham as portas”, alertou.
O governo também mandou como representante Weber Gomes, coordenador-geral de Planejamento e Orçamento das instituições federais de ensino, que deixou claro em sua intervenção na audiência, que o governo Bolsonaro trata a educação como gasto e não como investimento.
A audiência foi proposta pela deputada Erika Kokay (PT-DF) e pelos deputados petistas Alencar Santana Braga (SP), Rogério Correia (MG), Leonardo Monteiro (MG), Luizianne Lins (CE), Padre João (MG), Patrus Ananias (MG) e Pedro Uczai (SC).
Assessoria de Comunicação
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