CCJC impõe debates sobre retrocessos ao meio ambiente e criminalização de movimentos sociais

Deputado Patrus Ananias na CCJC. Foto: Gustavo Bezerra/Arquivo

Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pauta projetos inconstitucionais e retrocessos.

Mais uma vez, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), deputada bolsonarista Caroline De Toni (PL-SC), impõe para a apreciação dos parlamentares nesta terça-feira (2/7) projetos inconstitucionais que propõem a desregulamentação do Código Florestal e a criminalização de movimentos sociais de áreas rural e urbana, dentre outros.

Mesmo com o agravamento da crise climática, como a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul e a seca de rios na região amazônica, os projetos que esvaziam a Política Nacional do Meio ambiente têm tido prioridade na CCJC.  Com o apoio de parlamentares de extrema direita, a presidente da comissão pautou o projeto de lei (PL 2168/2021), que propõe considerar como de utilidade pública as obras de infraestrutura de irrigação e dessedentação (hidratação) animal, que se trata de mais uma investida contra o Código Florestal.

Projeto Inconstitucional

O objetivo do projeto é permitir a construção de barramentos e represamentos de cursos d’água, bem como obras de infraestrutura em Áreas de Proteção Permanentes (APPs), especialmente as margens de córregos e rios.

O projeto é inconstitucional, pois fere o princípio da proibição do retrocesso ambiental, bem como o direito fundamental ao “meio ambiente ecologicamente equilibrado” e o dever de “preservá-lo para as presentes e futuras gerações”, previstos no art. 225 da Constituição Federal.

Leia Mais: Com voto contrário do PT, CCJC aprova projeto que criminaliza a luta de movimentos sociais

Movimentos Sociais

Estão ainda na pauta os projetos que criminalizam os movimentos sociais. Dentre eles, está o projeto de lei (PL 8262/2017), que permite que proprietários possam acionar a polícia para a retirada de “invasores de propriedade privada” independentemente de ordem judicial, dando poder de polícia ao proprietário do imóvel rural ou urbano.

O PL 4432/2023, de autoria e relatoria de parlamentares bolsonaristas, visa criar um Cadastro de Invasores de Propriedades com o intuito de facilitar a identificação e responsabilização de envolvidos em casos de invasão de propriedades públicas ou privadas. Segundo o autor, o Cadastro seria uma ferramenta eficaz para registrar informações vitais relacionadas às invasões de propriedades. Trata-se de mais um projeto do pacote anti-MST resultado da CPI do ano passado.

Tanto a proposta original quanto o substitutivo podem levar à criminalização de movimentos sociais legítimos de luta pela moradia, pela terra e pela ocupação de espaços urbanos e rurais, na busca da afirmação dos direitos assegurados na Constituição Federal, para a realização da reforma agrária e a implementação do direito de moradia, especialmente para as populações mais fragilizadas, financeira e socialmente.

A Bancada do Partido dos Trabalhadores na CCJC, coordenada pelo deputado Patrus Ananias (PT-MG), deve obstruir a votação desses projetos, recurso previsto no Regimento da Câmara dos Deputados.

Assessoria de Comunicação do deputado Patrus Ananias

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex