Ex-ministro do TSE condena redução do alcance do Habeas Corpus e admissão de prova ilícita em processo penal

JoseEduardoAlckmin

O jurista e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Eduardo Alckmin, criticou nesta quarta-feira (14) a tentativa de redução do alcance do Habeas Corpus (HC) e a admissão da prova ilícita de boa-fé em processos criminais. Esse tipo de inovação, segundo ele, além de contrariar a Constituição Federal também não ataca um dos principais problemas causadores da impunidade, que é a morosidade da justiça e a falta de estrutura policial para combater os crimes de corrupção no País. 

A declaração ocorreu durante audiência pública da Comissão Especial que analisa o projeto de lei (PL 4.850/16) que estabelece as dez medidas de combate à corrupção, proposta por integrantes do Ministério Público Federal.

“O Habeas Corpus é uma garantia constitucional. Impedir o acesso a esse instrumento garantidor de liberdade me parece perigoso. Quanto à admissão da prova ilícita, desde que obtida de ‘boa-fé’, é algo expressamente proibido pela Constituição de 1988. Se tentarem reverter isso, creio que teremos problemas de ordem constitucional”, alertou.

Segundo o ex-ministro, o Brasil já dispõe de leis para combater a corrupção e o principal desafio a ser combatido é a morosidade na tramitação de ações penais e a falta de estrutura dos órgãos policiais.
“Leis nós já temos. Precisamos é de uma reforma do Poder Judiciário que permita um julgamento mais célere dos processos, e de mais estrutura policial para combater a corrupção”, avisou.

Sobre a reforma do Poder Judiciário, José Eduardo Alckmin defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) passe a julgar apenas os temas constitucionais ou de grande interesse nacional, e que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) se torne a última instância para apreciação dos casos de corrupção.

Crítica– Também presente ao debate, a diretora da Comunicação da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Magne Cabral da Silva, também criticou o projeto das dez medidas de combate a corrupção. Segundo ela, a falta de meios para investigar os crimes torna o combate à corrupção mais difícil.

“Esse projeto não contempla a investigação dos crimes. Porque é a polícia, e não o Ministério Público, a principal responsável pela investigação de crimes. Hoje a polícia atua no combate ao crime de corrupção, lavagem de dinheiro e crimes cibernéticos, porém precisamos de mais estrutura e recursos humanos”, destacou.

Representando o Ministério Público Federal, o Subprocurador-Geral da República, Marcelo Muscogliati, disse que as críticas às dez medidas de combate a corrupção não têm fundamento e que a atual legislação precisa ser modificada.

“As críticas dirigidas as dez medidas são desarrazoadas e não contribuem para o avanço no combate a corrupção”, ressaltou.

Héber Carvalho

Foto: Divulgação

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100