Especialistas e governo defendem ações para reduzir mortalidade materna entre mulheres negras

LarissaBorges
 
Representantes de entidades que atuam em defesa da mulher negra e do governo federal afirmaram durante audiência pública realizada nesta terça-feira (9) que, apesar dos avanços obtidos nos últimos anos na assistência à saúde da mulher no geral, no segmento das mulheres negras ainda é preciso avançar mais. As afirmações correram durante a reunião da Subcomissão Especial destinada a avaliar as políticas de assistência social e saúde da população negra. 
 
O debate foi proposto pela Benedita da Silva (PT-RJ), que, em virtude do falecimento de seu pai não pode comparecer à reunião. 
 
Durante a reunião a representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República, Rurany Ester, informou que de 1990 até 2012 a mortalidade materna no País caiu 57%. Mas destacou que, ainda assim, o mesmo tipo de mortalidade atinge mais as mulheres negras do que as brancas.“Dados do ministério da Saúde apontam que esse percentual é de 60% entre mães negras e pardas, e de 34% entre as mães brancas”, revelou. 
 
Já a representante da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) da Presidência da República, Larissa Borges, disse que é necessária a implementação de políticas públicas para “combater o racismo institucional existente nas unidades de saúde”.
“Porque a dor da mulher negra pode ser interpretada pelo profissional de saúde como algo de menor gravidade e que poder ser deixada para depois”, destacou. 
 
Na mesma linha, a especialista do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra da universidade Federal Fluminense, Isabel Cruz, disse que o racismo institucional é a causa principal da discrepância no número de mortes entre mulheres negras e brancas.
 
“Existe uma iniquidade na taxa de mortalidade na questão étnico racial. E esses números são diferentes mesmo entre mulheres atendidas nos mesmo locais e sob os mesmo procedimentos”, alertou. 
 
Sobre este assunto, o deputado Adelmo Leão (PT-MG) cobrou do ministério da Saúde maior ênfase na humanização dos partos. “Não é possível que em alguns casos o número de partos realizados via cesariana cheguem a até 90%. Precisamos coibir esse abuso”, ressaltou. 
 
Segundo dados do ministério da Saúde, mais de 55,6% dos partos são cesáreas. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que este percentual não passe dos 15%.
 
Ações- A coordenadora de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, Maria Ester Vilela, disse que o Brasil assumiu dentre as metas dos Objetivos do Milênio (ODM) reduzir em três quartos a mortalidade materna até o final deste ano. Durante a reunião ela informou algumas das ações em andamento para cumprir esta meta.
 
“Entre essas conquistas podemos destacar o fortalecimento do programa Saúde da Família, a criação do SAMU e da Rede Cegonha, a adoção de normas para abortamento legal e de novos métodos anticoncepcionais, e a instalação das comissões de investigação de mortes maternas e do atendimento as mulheres vítimas de violência”, explicou. 
 
As deputadas petistas Erika kokay (DF) e Moema Gramacho (BA) também participaram da audiência pública. 
 
Héber Carvalho
Foto: Gustavo Bezerra 
 
 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100