O líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PR), indicou nesta quarta-feira (17), os nomes dos parlamentares que vão integrar as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) do MST e da manipulação dos jogos de futebol. Na do MST, são oito parlamentares: Camila Jara (MS), Gleisi Hoffmann (PR), Marcon (RS), João Daniel (SE), Nilto Tatto (SP), Padre João (MG), Paulão (AL) e Valmir Assunção (BA). “Não é a primeira CPI contra o MST que, de forma equivocada, cruel e injusta, tenta manchar o movimento que tem uma história de organização, de luta pela reforma agrária e pelo direito à terra”, disse Zeca Dirceu ao confirmar os nomes dos petistas na comissão.
Já na CPI da manipulação de resultados em jogos de futebol, os titulares da Federação Brasil da Esperança serão Alencar Santana (PT-SP), Jilmar Tatto (PT-SP, Kiko Celeguim (PT-SP), Washington Quaquá (PT-RJ) e Bacelar (PV-BA). Os suplentes serão Alfredinho (PT-SP), Denise Pessôa (PT-RS), Dilvanda Faro (PT-PA), Reimont (PT-RJ) e Alice Portugal (PCdoB-BA).
Zeca Dirceu fez questão de elogiar o MST e criticar a CPI. “O MST é um movimento que tem uma história já bastante consolidada na produção de alimentos, por meio das agroindústrias, cooperativas e outros meios de produção no campo. É o alimento que chega à nossa mesa de manhã, à tarde e à noite. Até porque, a população não come soja no café da manhã, não come milho no almoço. É o alimento, muitas vezes produzido em um assentamento”, completou.
Zeca Dirceu reiterou que o alimento que chega à mesa dos brasileiros, muitas vezes, é produzido pela agricultura familiar e pelos pequenos agricultores dos assentamentos que foram organizados pelo MST. “A população sabe o quanto fizeram falta as políticas públicas corretas nos últimos anos. O que impactou, inclusive, na inflação do preço dos alimentos”.
História de lutas
“Não por acaso que, entre outros fatores, o Brasil voltou para o mapa da fome. O nosso trabalho, o trabalho dos parlamentares comprometidos com o país, é mostrar a verdade nesta CPI, mostrar a organização, qualidade e a história do MST e de outros movimentos que possam sofrer qualquer tipo de perseguição”, completou.
O deputado disse ainda que no PT, no governo e nem no MST se questiona o direito à propriedade e a importância do agronegócio na produção de bens de consumo que é exportada ao mundo inteiro, gera riquezas e empregos, e traz o equilíbrio necessário à balança comercial do país.
No entanto, lembrou o líder do PT, o MST teve um trabalho memorável durante a pandemia do coronavírus. “O MST, durante dois anos, distribuiu toneladas e toneladas de alimentos para quem estava desempregado, para quem estava impedido de sair de casa, para quem estava passando fome. Poucos segmentos fizeram isso tão bem e de forma qualificada como o MST”.
Sensatez
As deputadas e os deputados indicados pelo PT para integrar a comissão, segundo Zeca Dirceu, são nomes qualificados, experientes, que conhecem a realidade do país, conhecem a realidade da agricultura, conhecem a realidade da reforma agrária, e conhecem a realidade até mesmo do agronegócio. “É dessa maneira equilibrada, sensata, com respeito, com diálogo que a gente vai para essa tarefa”.
“Obviamente jamais descuidando do que é importante e prioritário. O presidente Lula já deixou claro que o prioritário é gerar emprego, é fazer o Brasil voltar a crescer, se desenvolver, é acabar com a fome, é equilibrar a economia do país, manter a inflação controlada e reduzir os juros”, pontuou.
Segundo o líder do PT, nenhuma CPI, nem essa do MST, nem as outras que estão sendo instaladas vão tirar o foco naquilo que toca na vida das pessoas. “Obviamente uma CPI como esta faz parte do processo do democrático e é assim que a gente vai enfrentar esta comissão com um time altamente qualificado”.
Assessoria de Comunicação líder Zeca Dirceu