O Dia Internacional contra a Homofobia, comemorado hoje – 17 de maio – foi lembrado em plenário pelos deputados Marcon (PT-RS), Célio Moura (PT-TO) e Valmir Assunção (PT-BA). O Brasil, desde 2019, criou uma lei que criminaliza a homofobia. “Mesmo assim, o Brasil, pelo 13º ano, é o país que mais mata a população LGBTQIA+”, lamentou Marcon, ao citar que na América do Sul e Central, ocorrem 70% desses crimes e que o Brasil tem 33% desses dados. “Isso mostra que aqui no Brasil há perseguição, há crime contra o público LGBTQIA+”, frisou o deputado. Ele informou que, de 2008 a 2021, foram registrados 4.042 crimes no País.
“Quero dizer aqui que esse povo sofre muito com menores salários, desemprego, perseguição nas ruas, mortes nas ruas ou mesmo em suas residências, e muitos políticos fazem dessa discriminação a sua bandeira política”, criticou. Marcon lembrou ainda da resposta do Papa Francisco a um repórter brasileiro sobre casamento de pessoas do mesmo sexo. Ele respondeu: ‘se é para unir, por que eu seria contra?’ “Então, é isso. Nós precisamos de mais respeito. Espero que este seja um dia de reflexão, de reafirmar o direito da população LGBT de amar e viver, por uma sociedade mais humana, justa e igualitária para todos e todas. Hoje é o dia de levantar a bandeira do amor e da resistência. Nós que somos políticos precisamos respeitar e amar essas pessoas”.
Direitos iguais
O deputado Célio Moura também enfatizou que a data era para refletir sobre respeito. “Respeito para amar, viver e ser feliz. Nem mais, nem menos. Direitos iguais. Amor não é doença, é cura. Trate seu preconceito. Vamos respeitar todos aqueles que Deus colocou no mundo da forma escolhida para eles. Atualmente, nós vimos que a política nacional tem criminalizado, tem aumentado o preconceito com as pessoas que são LGBTQIA+. Portanto, hoje é o dia de combate ao preconceito”, afirmou.
Preconceito
Ao falar do Dia Internacional de Combate à Homofobia, o deputado Valmir Assunção denunciou o crescimento da homofobia e da violência contra a comunidade LGBTQIA+ no Brasil. “Sem dúvida nenhuma, a comunidade LGBTQIA+, que representa 10% da população brasileira, tem trabalhado para que a sociedade compreenda cada vez mais que homofobia é crime e nós não podemos tolerar isso de forma nenhuma. Por isso, eu digo Fora, preconceito! Fora, homofobia! E Fora, Bolsonaro!!
Cotas
Valmir Assunção relembrou que hoje também é dia de comemorar os 18 anos da política de cotas que foi estabelecida na Universidade Federal da Bahia. “Precisamente em 2004, eu fazia parte conselho universitário e representava a sociedade civil. O reitor era o Naomar de Almeida Filho. Ali nós aprovamos a política de cotas que criou oportunidade e fortaleceu a universidade diante de toda a comunidade estudantil e criou oportunidades para as pessoas terem acesso ao ensino superior. Por isso, quero saudar, parabenizar todos e todas que vêm construindo essa política de cotas”.
Vânia Rodrigues