A tragédia sanitária causada pela pandemia do coronavírus, classificada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, como “gripezinha” atingiu a triste marca de 300 mil vidas perdidas, mais de 12 milhões de pessoas infectadas. O descaso, o negacionismo presidencial deixou órfãs milhares de famílias mergulhadas na dor e sofrimento pela perda de seus amores para a Covid-19. Já são 3 mil vidas ceifadas diariamente. O País está mergulhado em mortes e sem perspectivas futuras.
Esse quadro que aterroriza aqueles que ainda lutam pela vida levou parlamentares da Bancada do Partido dos Trabalhadores a usarem suas redes sociais para ser a voz dessas pessoas que sofrem e clamam por vacina, comida, emprego e renda.
A presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PR) se mostrou solidária com as famílias e amigos das vítimas da Covid e sentenciou: “Com Bolsonaro não temos condições de sair da crise, ele é a crise encarnada”.
Com indignação foi como se posicionou o ex-ministro da Saúde, deputado Alexandre Padilha (PT-SP). “300 mil vidas perdidas e, infelizmente, contando. Bolsonaro tem sangue nas mãos. Ultrapassamos os 300 mil mortos pela Covid-19. 300 mil vezes que Bolsonaro desprezou a pandemia. 300 mil vezes que Bolsonaro negou a maior crise de Saúde já vivida no Brasil. 300 mil vezes que Bolsonaro foi um genocida”.
O líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass (RS), lamenta a morte de 300 mil brasileiros por Covid. “Muitas poderiam ter sido evitadas. Se o negacionismo não houvesse tomado o lugar da ciência. Se ao invés de cortes, o SUS recebesse mais recursos. Se o governo não tivesse atrasado a compra de vacinas. Destas responsabilidades Bolsonaro não escapará”, criticou o petista.
Para o líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), o dia de hoje foi de cortar coração. “300 mil mortes pela Covid-19. Uma tristeza sem fim. Quantas famílias estão chorando a perda de seus entes queridos. Minha solidariedade a todas as famílias brasileiras e ao país. Chega de tanta desumanidade”, manifestou-se Guimarães na sua conta do Twitter.
Emocionada, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) também se manifestou: “Triste marca atingida, num momento em que o mundo se vacina rapidamente e vê os números de mortes desabarem. Não há dúvidas que Bolsonaro é genocida, tanto por suas afirmações no passado, quanto por suas ações no presente. A pergunta que fica é: com Bolsonaro, qual será nosso futuro?”, questionou a parlamentar.
Também com muita emoção o deputado Enio Verri (PT-PR) anotou: “É difícil descrever os sentimentos que sufocam a alma. Solidarizo-me com as famílias dos 300 mil mortos pela Covid-19. Desejo força, paz e serenidade para superarem essa catástrofe. A esperança do Brasil está na rapidez com que as vacinas cheguem para evitar mais mortes”.
Desprezo ao povo brasileiro
Em um ano de pandemia, o número de mortes e infectados revela a face de Bolsonaro na condução da pandemia. Desde o início, o presidente da República negou a ciência e mostrou a face perversa de um governante que não tem propostas e projetos para ajudar o seu povo. Além de “gripezinha” ou “resfriadinho”, Bolsonaro em seus arroubos proféticos afirmou que se estava “superdimensionado, o poder destruidor desse vírus”.
Bolsonaro disse também que “o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, como homem, não como um moleque”. E que “todos nós iremos morrer um dia”. Uma das pérolas verborrágicas ditas por Bolsonaro é a frase: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”. Tanto não fez, que o Brasil se transformou em ameaça mundial pelos números alarmantes de infecção e morte pela pandemia.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) disse que o povo brasileiro não merece ser tratado com “tanto desprezo”. “Basta de Barbárie e de morte! Às pessoas enfermas, nosso apoio; àqueles que perderam alguém nosso abraço e solidariedade; aos que morreram nossas orações. Por fim, nossa esperança de um Brasil justo e sustentável”, se mostrou esperançoso, o parlamentar em sua conta nas redes sociais.
Epicentro mundial
O Brasil se tornou uma ameaça global por ter se tornado epicentro da Covid. Ontem, o País foi responsável por um terço das mortes registradas em todo o planeta. Desde o dia 9 de março é o país que registra mais casos e mortes no mundo, superando os Estados Unidos. Enquanto isso, o governo mantém um calendário errático de vacinação, sem precisão e com grande atraso.
Segundo dados do Conselho Nacional da Saúde (Conass), até o momento, apenas 12.793.737 pessoas receberam a primeira dose de uma vacina, ou 6% da população. Destas, 4.334.905 (2% dos brasileiros) estão imunizados com a segunda dose. Mais de 80% das vacinas distribuídas no Brasil são doses da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.
Lockdown
O quadro apresentado levou a Fiocruz a divulgar, no último dia 23, uma nota pedindo isolamento rígido – lockdown – por 14 dias em todos os estados sob colapso. A instituição reafirma que essa é a única forma de reduzir a circulação do vírus e assegurar uma redução de 40% no número de internações.
“A continuidade dos cenários em que temos o crescimento de todos os indicadores para covid-19, como transmissão, casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos de UTI resulta em colapso que afeta todo o sistema de saúde no País e no aumento das mortes por desassistência. Trata-se de um cenário que não é só de uma crise sanitária, mas também humanitária, se considerarmos todos os seus aspectos”, diz a nota.
Também se posicionaram nas redes sociais sobre esse quadro nefasto os parlamentares:
Zé Neto (PT-BA): “Chegamos à triste marca de 300 mil mortos por Covid19. Barrar a reprodução do negacionismo e denunciar a omissão do governo federal é respeitar as vidas que foram perdidas, e evitar que essa tragédia seja ampliada. Mentira, ignorância, ganância e engano não podem vencer o Brasil”.
Henrique Fontana (PT-RS): “300 mil mortes por coronavírus. Nesse ano vimos a saúde e a economia colapsarem, trabalhadores se arriscarem para garantir o sustento, empresários fecharem as portas, vacinas não serem compradas, auxílios cortados e uma completa falta de empatia do governo. #Bolsonaro300Mil”
Natália Bonavides (PT-RN): “Ultrapassamos a trágica marca de 300 mil vidas interrompidas. O governo Bolsonaro precisar ser imediatamente parado! Nunca devia nem ter começado! #ForaGenocida #ForaBolsonaro”
Waldenor Pereira (PT-BA): “300 MIL MORTOS! É momento de luto, de dor, de vergonha e de muita revolta. São 300 mil vidas perdidas para o negacionismo, insensibilidade e desumanidade de um presidente. É uma tragédia. É crime contra a humanidade. É genocídio, sim! #BolsonaroGenocida #Bolsonaro300Mil”
Rui Falcão (PT-SP): “Mais de 3 mil mortes por dia por Covid-19 e o Governo Federal ainda não criou sequer um comando nacional de combate à doença, não tem vacina em número suficiente para imunizar toda a população. #LockDownPelaVida #PararTudoPelaVida”
Odair Cunha(PT-MG): “Veja como esse Governo é INCOMPETENTE, um ano depois do início da pandemia, quando chegamos a 300 mil mortes, quando atingimos mais 3 mil mortes diariamente cria-se agora, agora um Comitê para o enfrentamento da Covid ? Lamentável!”
Erika Kokay (PT-DF): “300 mil mortos. Não temos vacina. Não temos leitos. Não temos kit intubação. Não temos oxigênio. Não temos auxílio emergencial suficiente. Não temos presidente. #Bolsonaro300Mil”
Benedita da Silva (PT-RJ): “O genocídio está sendo conduzido por Bolsonaro e sua turma. Os mais de 3 mil mortos de hoje são a consequência de um desgoverno que odeia o povo brasileiro. Chega! #ForaBolsonaro”
Pedro Uczai (PT-SC) – O Brasil chega nas 300 mil mortes por #covid19. Não temos leitos UTI suficiente, não temos vacina e os insumos/remédios nos hospitais acabando. O que faz Bolsonaro? Corta R$ 36 bilhões do orçamento da saúde para o ano de 2021. Temos o dever ético e moral de barrar esses cortes”.
Paulo Texeira (PT-SP) – “O Brasil ultrapassa 300 mil mortes pelo Covid-19. Uma tragédia. Um trauma nunca visto na história recente do país. Resultado de um projeto político genocida. Meus sentimentos as famílias, aos amigos, aos brasileiros.”
Merlong Solano (PT-PI) – Com a sua mentalidade retrógrada, Bolsonaro resolveu depois de um ano de pandemia e quase 300 mil brasileiros mortos, criar um comitê antiCovid. Quantas milhares de pessoas estariam vivas, se as vacinas tivessem sido compradas quando tiveram a chance em 2020?”
Frei Anastácio (PT-PB) – “É revoltante saber que todo esse sofrimento da população brasileira poderia ter sido evitado, se o Presidente da República tivesse adotado as medidas necessárias, com compras de vacinas, desde o ano passado, e um plano de combate à pandemia, envolvendo estados e municípios”.
Benildes Rodrigues com informações da RBA