Presidente da CDHM quer apuração de violação de direitos humanos em rebelião que terminou com 17 feridos em Manaus

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), deputado Helder Salomão (PT-ES), solicitou a autoridades públicas do Amazonas a adoção de providências, e a responsabilização dos culpados, por supostas violações de direitos humanos e falta de atendimento adequado na área da saúde a detentos envolvidos em uma rebelião ocorrida no último sábado (2), na Unidade Prisional de Puraquequara, em Manaus. Na ocasião, agentes prisionais foram feitos reféns e 17 detentos ficaram feridos. As negociações pelo fim do movimento duraram cerca de cinco horas.

No documento, enviado à procuradora-Geral de Justiça do Estado, Leda Nascimento Albuquerque, ainda no sábado (2), Salomão ressalta que “a existência de facções criminosas, a superlotação carcerária (a maior do País), as condições insalubres a que são submetidos presos e visitantes, a altíssima proporção de prisões provisórias, a ausência de trabalho dentro das unidades, o despreparo dos funcionários, a provável prática de tortura, e agora, a proliferação do vírus Covid-19 são fatores que aumentam a pressão sobre a massa carcerária e favorecem a ocorrência de novos massacres”.

Ofícios com o mesmo teor também foram enviados ao governador Wilson Miranda Lima, para o secretário de Segurança Pública, Louismar Bonates e à Defensoria Pública do Estado.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, o objetivo da rebelião era organizar uma fuga através de um túnel. A Polícia Militar entrou e houve o confronto. Já a Pastoral Carcerária enviou no final de março para Defensoria Pública do Amazonas, e à Justiça do Estado, um documento que apontava 300 presos doentes e diversas denúncias de violações de direitos dos presos na Unidade Prisional do Puraquequara.

Até o momento, segundo o governo amazonense, dois detentos testaram positivo para a Covid-19. O Amazonas vive colapso na rede de saúde e tem mais de 6,6 mil casos confirmados de coronavírus, 548 mortes e 90% dos leitos de UTI ocupados.

Histórico

O sistema prisional do Amazonas tem um histórico de massacres. Em 2017, 67 presos foram mortos. Em 2019, 55, dos quais 6 na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), local do recente motim. Nas duas ocasiões a CDHM fez diligências e verificou as condições precárias em que vivem os presos, em aspectos como superlotação e insalubridade da alimentação e da higiene.

Na diligência feita em 2019, a CDHM recomendou às autoridades públicas uma série de medidas, como o acompanhamento da execução penal; fiscalizar a inexistência da prática de tortura e adoção de medidas de desencarceramento. No ofício deste sábado, o presidente da CDHM solicita informações sobre as providências adotadas relativas a essas recomendações.

Assessoria de Comunicação CDHM

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo