Paulo Teixeira vai ao Supremo Tribunal Federal contra a votação da PEC da prisão da 2ª instância

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) anunciou na noite desta terça-feira (12) que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima semana, contra a proposta de emenda à Constituição (PEC 410/18), rotulada de PEC do revanchismo, que permite a prisão após condenação em 2ª instância. “Vou protocolar um mandato de segurança na terça-feira (19), com pedido de liminar, para impedir que essa proposta inconstitucional, que fere cláusula pétrea seja votado aqui neste colegiado”, afirmou.

A Comissão de Constituição e Justiça conclui hoje os debates sobre o tema, depois de ouvir mais de 100 parlamentares que se posicionaram, alternadamente, contra e a favor do PEC do revanchismo. A Bancada do PT durante as mais de 12 horas de discussão se posicionou firmemente contra a proposta que é considerada pelos parlamentares petistas como casuística e inconstitucional, com o objetivo claro de atingir o ex-presidente Lula.

Paulo Teixeira enfatizou que tanto a Constituição, como o Código Penal, determina que ninguém poderá ser considerado culpado até o transito em julgado. “A presunção da inocência é garantida constitucionalmente”, reforçou. Ele alertou que o que se pretende com essa proposta é prender pessoas que são presumidamente inocentes. “E se no Superior Tribunal de Justiça ou no STF se descobre que o juiz que condenou era ladrão, era um juiz parcial e se descobre que o condenado não cometeu crime, que a pena não está correta?”, indagou.

O deputado do PT de São Paulo reforçou que o que se pretende com essa PEC é atacar a Constituição e ferir o direito e as garantias individuais. Ele ainda acrescentou que para combater a impunidade – já que a justiça é lenta e não determina prazos para o julgamento – o caminho é alterar o Código de Processo Penal, que é de 1942, que permite que o juiz julgue no papel, sem audiência.

Paulo Teixeira, ainda nos argumentos contrários a prisão em 2ª instância, indagou se com mudança parlamentares que perderem o mandato nos tribunais regionais (2ª instância) irão deixar o mandato imediatamente? Perguntou também se os precatórios serão pagos depois da sentença de 2ª instância.

Presunção da inocência

O deputado Jorge Solla (PT-BA), na sua intervenção também afirmou que a PEC do revanchismo é inconstitucional porque mexe em cláusula pétrea. Ele desmentiu os deputados que argumentam que o Brasil é o único país que exige o trânsito em julgado para o cumprimento da pena. “É mentira. Na Itália, na Espanha, em Portugal, na Croácia e na Hungria e em vários outros países a Constituição é semelhante, garante a presunção da inocência”, frisou.

Solla também afirmou que a PEC é casuística, lembrando que ela foi apresentada em 2018, quando o TRF -4 julgava de forma acelerada a questão da prisão do Lula. “Como ele foi preso a PEC foi engavetada, agora, que corretamente o STF defendeu os preceitos constitucionais e garantiu a liberdade do Lula eles desengavetaram a PEC”, acusou.

Jorge Solla citou ainda que existe impunidade e imunidade e explicou: No caso do PSDB é imunidade. “Tem as malas de dinheiro do Aécio Neves e ele tá solto. José Serra tem conta no exterior e tá solto. Então, é hipocrisia o que estão defendendo aqui”, criticou.

Foto: Gustavo Bezerra

Sigilo bancário

O deputado do PT baiano desafiou os parlamentares a assinar, com ele, um projeto de lei abrindo mão do sigilo bancário. “Quero ver os combatentes da corrupção assinar”, provocou. Ele citou que Lula teve todos os seus sigilos quebrados – telefônicos, fiscais e bancários. “Invadiram a casa dele e não encontraram nada. Por isso, forjaram um processo contra Lula, porque não encontraram nada. Usaram uma ferramenta do judiciário para prender Lula”, denunciou e acrescentou: “A elite não queria que Lula voltasse ao poder para que ela pudesse entregar o País, pudesse destruir o direito dos trabalhadores.

Para Jorge Solla, o que está em jogo não é a garantia jurídica, não é o combate à corrupção. “É luta política”. Ele conclui observando que os mesmo que hoje criticam o STF são os que se calaram quando a Suprema Corte blindou a investigação contra Flávio Bolsonaro. “Contra ele tinha prova, contra Lula não”.  Não se pode usar a cadeia para tirar adversário da política”, afirmou.

Discurso falso

O deputado Paulão (PT-AL) também defendeu a cláusula pétrea da presunção da inocência. “Isso é um princípio e não uma regra, por isso tem destaque na Constituição”, afirmou. O deputado rebateu o “discurso falso” de que essa decisão do STF, que garante a presunção da inocência, vai permitir a liberação de estupradores. “Isso é falácia, isso é para amedrontar as famílias brasileiras. O próprio presidente do STF, ministro Dias Tofolli, em seu voto nesta matéria observou que mais de 70% dos inquéritos na Polícia Civil não tem resolutividade”, lembrou.

O deputado encerrou afirmando que existe muita hipocrisia. “A prisão em 2ª instância não compromete a normalidade do processo, do direito. A PEC do revanchismo é inconstitucional e o que a gente quer é celeridade da justiça”, enfatizou.

Vania Rodrigues

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100