“Bolsonaro enviou para a Comissão de Orçamento do Congresso Nacional um projeto de lei que desvia R$ 3 bilhões de orçamentos congelados para pagar as emendas dos deputados que votaram sim à Reforma da Previdência. E a população precisa saber de onde boa parte desse dinheiro sairá. É da educação dos seus filhos! Isso é uma tragédia, cortar dinheiro da educação para pagar os deputados através das emendas para tirar o direito do povo, um tremendo absurdo”. A citação é do deputado Valmir Assunção (PT-BA), que voltou a criticar a medida do atual governo federal para aprovar a reforma.
Nesta sexta-feira (9), um dia após o texto chegar ao Senado, o parlamentar petista denunciou o desvio e explicou como está funcionando o sistema na Câmara. Assunção aponta que quase R$ 1 bilhão do valor geral das emendas parlamentares será remanejado do orçamento do Ministério da Educação (MEC), caso o projeto de lei seja aprovado no Congresso. Ele salienta que as universidades federais, mais uma vez, sofrem com as decisões do governo de Bolsonaro. “A Ufba [Universidade Federal da Bahia] terá corte de mais de R$ 3,2 milhões, segundo tabela apresentada no projeto. Estamos estarrecidos com essa situação”, frisa Valmir.
“Esses valores estavam congelados sob a promessa de liberação caso a economia do Brasil melhorasse. Pura enganação! Essa aprovação da Reforma da Previdência, além de impedir as pessoas de aposentar, ainda tirou da educação recursos de fundamental importância para a manutenção das universidades e institutos. E o que resultou da aprovação da reforma é uma tragédia para o povo brasileiro. Mas nós vamos continuar resistindo, vamos continuar enfrentando esse governo. A minha esperança é que o Senado possa dizer não à Reforma da Previdência”.
Assessoria de Comunicação
Foto: Lula Marques