Temer não tem mais autoridade para governar

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), selou nesta terça-feira (30) o destino reservado ao governo insepulto de Michel Temer: “não tem mais autoridade para governar”. Zarattini chamou a atenção para o fato de o Palácio do Planalto tentar transparecer ao País um falso clima de normalidade, quando, na verdade, vive a continuação de uma farsa que está atrasando o Brasil e prejudicando o povo brasileiro. “É uma farsa que tenta se impor com base em argumentos risíveis”.

Segundo o líder, o contraponto de tudo o que representa o governo ilegítimo de Michel Temer – atualmente atolado em escândalos incontestáveis – ganha força nas ruas, em um clamor popular por eleições diretas. “A campanha pela democracia neste País vai se estender de Norte a Sul do Brasil, de Leste a Oeste, no campo e na cidade. O povo brasileiro não suporta mais esse estado de coisa. E nós, aqui no Congresso, não podemos continuar fingindo que nada acontece”, disse Zarattini.

O líder petista fez referência ao clima de “Diretas Já” que tomou conta da Esplanada dos Ministérios, na semana passada, quando mais de 100 mil pessoas repudiaram a possibilidade de eleições indiretas. “Não tenham a ilusão de que a substituição desse governo moribundo possa ser feita pela via indireta. Isso não será possível. A mudança será feita, sim, com o voto do povo brasileiro.

Zarattini lembrou ainda que um segundo momento de grande mobilização popular por eleições diretas ocorreu no último domingo, no Rio de Janeiro. “Partidos políticos de oposição, movimentos sociais e artistas se mobilizaram em prol da campanha pelas ‘Diretas Já’”, afirmou. Diante desse clima, destacou a importância de o Parlamento estar alinhado ao clamor democrático. “Esse Congresso não pode se contrapor àquilo que é o leito natural da democracia no Brasil. Não vamos viver novos tempos de eleição indireta”.

O líder ainda apontou a falácia do governo que tenta se agarrar em uma suposta melhora da economia. “Se depender disso, este governo já acabou, porque a economia evidentemente não está melhorando”. Argumentou que não é possível comemorar o fato de o Banco Central reduzir um pouco a taxa de juros, quando a inflação caiu bem mais, em função de não haver negócios na economia.

“Não se vende, não se compra, não se produz. Estamos vivendo um verdadeiro cemitério, com a falência de milhares de empresas e com a existência de milhões de desempregados. Essas coisas não podem ser recuperadas com essa política econômica. Se o governo pensa em se sustentar nisso, ele está liquidado”, sentenciou.

O líder falou ainda da fragilidade política desse mesmo governo que ainda tenta mostrar uma condução que já lhe falta. Como exemplo, citou a derrubada do veto 52, na noite desta terça-feira, referente ao Projeto de Lei Complementar 366/13. “O governo autorizou a base a derrubar o veto da emenda que trata do ISS dos municípios. Ora, a base, a oposição e todos nós já íamos derrubar esse veto, porque ele prejudica os municípios. Não é porque Michel Temer autorizou! É porque ia cair mesmo”.

PT na Câmara

 

 

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