TCU determina que Ministério da Saúde apresente plano estratégico de combate à pandemia

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nessa quarta-feira (21), que o Ministério da Saúde apresente, em 15 dias, um plano estratégico de combate à pandemia da Covid-19. Na leitura do voto, o ministro relator, Benjamin Zymler, falou sobre a polêmica no governo em relação à vacina CoronaVac. “Nem de longe, o tribunal pretende adentrar no terreno de avaliação política (…) mas o que se espera é que as decisões sejam feitas com critérios técnicos, científicos e objetivos, já que estamos tratando do principal bem jurídico que é a vida humana”, afirmou.

O ministro determinou que o Ministério da Saúde inclua dados oficiais sobre as iniciativas relacionadas às vacinas no site da pasta. E que diga, junto com essas informações, qual o papel do ministério em cada uma das iniciativas. A medida pode ser considerada uma vitória para o povo brasileiro, que deverá contar com informações transparentes no portal do MS.

Na terça-feira (20), o Ministério da Saúde anunciou um protocolo de intenções de compra de 46 milhões de doses da vacina que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. Nessa quarta, no entanto, o presidente Bolsonaro anunciou que mandou cancelar o acordo – e o Ministério da Saúde atendeu e fez mudanças no anúncio do dia anterior.

Ação do PT

O posicionamento do ministro coincide com o entendimento de parlamentares do PT na Câmara e no Senado, e uma senadora do PROS, que protocolaram também na quarta- feira (21), um pedido no TCU solicitando que o órgão recomende ao governo Bolsonaro a retomada do protocolo de intenções – feito entre o Ministério da Saúde e o governo do Estado de São Paulo – para aquisição da vacina chinesa Coronavac. Pelo PT na Câmara assinam o documento os deputados Alexandre Padilha (SP), Jorge Solla (BA), Erika Kokay (DF) e Zeca Dirceu (PR).

O deputado Alexandre Padilha, que é médico e ex-ministro da Saúde, considerou a decisão do TCU uma vitória também da bancada petista. “Provocamos o TCU para cobrar e investigar globalmente a atuação do Ministério da Saúde na Covid”, frisou.

O deputado ainda acrescentou que “xenofobia ideológica, critérios diversos para antecipar compra para vacinas de um país e de outro não, ignorar a análise técnica da Anvisa sobre eficácia são más práticas administrativas que precisam ser investigadas, punidas e corrigidas”.

E provocou: “Agora que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, conhece o SUS, tenho certeza que sabe que o Ministério da Saúde e a Anvisa não podem seguir a xenofobia ideológica de Bolsonaro”.

Auditoria

As determinações do TCU fazem parte de uma auditoria para avaliar a atuação do Ministério da Saúde no combate ao novo coronavírus. A conclusão é a de que sete meses após ter reconhecido o estado de calamidade pública diante da pandemia, o Ministério da Saúde ainda não tem um plano de estratégia de enfrentamento à crise sanitária do novo coronavírus, que faltou planejamento para compra de insumos, medicamentos e equipamentos.

“Em um primeiro momento, o cenário era de imprevisibilidade, o que impossibilitava uma melhor definição das ações a serem implementadas. No entanto, assim como foi possível definir o orçamento, atualmente no valor de R$ 43,74 bilhões, era de se esperar uma definição dos objetivos e ações em nível macro correspondentes ao valor alocado e, com uma maior assimilação do cenário, o detalhamento das atividades ou dos projetos a serem desenvolvidos”, afirmou o ministro no processo.

Medicamentos e testagem

O plano exigido pelo TCU inclui, entre outros, lista de medidas para garantir e monitorar o estoque de medicamentos usados para tratamento de casos suspeitos e confirmados de Covid-19. Determina também ações para garantir e monitorar o estoque de medicamentos usados para tratamento de casos suspeitos e confirmados de Covid-19.

Benjamin Zymler também determinou que o Ministério da Saúde apresente, no mesmo prazo de 15 dias, um plano de testagem que inclua: quantidade de testes a serem adquiridos; o público-alvo dessa testagem; a frequência de realização dos testes.

Segundo o ministro, a falta de testagem faz com que haja uma subnotificação de casos, o que provoca distorções no índice de mortalidade. Zymler citou como exemplo o Rio de Janeiro – que, segundo ele, tem baixo índice de casos confirmados mas alta mortalidade ligada à Covid-19, o que poderia ser um indício de déficit nos testes.

Saiba mais:

https://ptnacamara.org.br//2020/10/22/petistas-protocolam-pedido-no-tcu-para-retomada-do-acordo-de-compra-da-vacina-chinesa/

Veja decisão do TCU

014.575-2020-5-BZ – acompanhamento covid_governançaMS_ciclo3-compactado

Vânia Rodrigues, com G1

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100