Nilto Tatto aponta diferenças entre as acusações contra Temer e Lula

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) ressaltou, durante pronunciamento na última quinta-feira (13), no plenário da Câmara, a enorme diferença de consistência das acusações contra Temer e as dirigidas ao ex-presidente Lula. Segundo ele, enquanto na denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o atual presidente existem áudios e registros de uma reunião para tratar da prática de crimes – além da filmagem de uma mala sendo transportada com 500 mil reais destinadas a Temer – contra Lula uma das ditas “provas”, que embasaram a condenação proferida por Sérgio Moro, é um recibo de um pedágio para justificar a suposta posse de um triplex no Guarujá.

“Aquilo (áudios e imagens contra Temer) é concreto, é prova, não é um recibo de pedágio, porque o Presidente Lula um dia passou pela Rodovia dos Imigrantes indo para a praia. Aqui você tem as imagens, a gravação, o registro de uma reunião na calada da noite num espaço oficial….., não era o Presidente recebendo na sua casa um amigo de infância. Ele estava recebendo um empresário que ele sabia que estava sendo processado, para tratar de assuntos escusos”, denunciou.

O deputado paulista disse ainda que, no caso de Lula, o juiz Sérgio Moro “contou a mentira de que ele seria dono de um apartamento no litoral de São Paulo” e depois não pode mais voltar atrás.

“Ele (Sérgio Moro) fez questão de contar essa mentira no Jornal Nacional e de chamar a televisão e as rádios. E aí ele entrou numa enrascada, porque ele teve que passar muito tempo, e gastando muito dinheiro público, para tentar convencer e fazer crer que era verdade a mentira que ele contou lá trás. Ele veio então junto com o apoio de boa parcela da mídia, principalmente aquela controlada por três, quatro famílias no Brasil, ficou sem saída e teve que então condenar o Presidente Lula, sem prova nenhuma”, observou.

Por conta da diferença entre os dois casos, Tatto defendeu a inocência de Lula e fez um apelo aos deputados para que aprovem a autorização para que o STF julgue Michel Temer.

“Quero chamar a atenção dos colegas parlamentares para o fato de que está aqui para votarmos este processo que autoriza ao Supremo a fazer a abertura do processo, a investigação do presidente, porque só assim vamos ter condições de afastar rapidamente Michel Temer e ter eleições diretas para ter um presidente eleito pelo povo brasileiro, com o reconhecimento da sociedade brasileira”, finalizou.

Héber Carvalho

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