Rosa Weber encaminha à PGR pedido de deputada para investigar esquema de propina das vacinas

Deputada Natália Bonavides. Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias.

A notícia de fato, de autoria da deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), pede abertura de investigação sobre os indícios de corrupção e associação criminosa no Ministério da Saúde pelas acusações de Roberto Ferreira Dias ter pedido propina para fechar o contrato da aquisição de vacinas.

“Apresentamos notícia de fato para que o governo Bolsonaro seja investigado pelo esquema de propina e rachadinha das vacinas. Que a investigação seja aberta imediatamente. Engavetar investigações com indícios tão fortes é crime de responsabilidade”, destacou Natália Bonavides.

De acordo com matéria do jornal Folha de São Paulo, publicada pela jornalista Constança Rezende, o representante da Davati Medical Supply, Sr. Luiz Paulo Dominguetti Pereira, disse em entrevista que a empresa Davati buscou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com uma proposta feita de 3,5 dólares por dose. Na ocasião, o diretor de logística do Ministério da Saúde afirmou que a contratação com o governo federal só ocorreria se a empresa participasse de um grupo que teria como hábito majorar o valor dos produtos ofertados ao Ministério.

“Determino a abertura de vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental”, escreveu Weber.

CPI da Covid

As revelações corroboram com os elementos indiciários já apresentados à Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI da Covid), uma vez que o servidor do setor de Logística do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, disse ter ouvido falar que um fornecedor de vacinas recusou a realização de um negócio após a solicitação de propina por parte do representante do governo federal.

Assessoria de Comunicação

 

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