Sessão solene no Senado celebra 20 anos do Samu

Samu completa 20 anos e tem sido reconstruído pelo governo Lula após anos de descaso. Foto: Alessandro Dantas

Orgulho nacional, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) completa 20 anos. Trata-se da política mais bem avaliada do país – de acordo com pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – e que atualmente atende cerca de 92% da população brasileira. O objetivo do governo Lula, no entanto, é melhorar ainda mais essa realidade.

“Com o compromisso do nosso governo, chegaremos em 100% do país até 2026, conforme prevê o novo Programa de Aceleração do Crescimento [PAC]”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE), durante sessão solene do Congresso Nacional em homenagem ao Samu, nesta segunda-feira (3/6).

A prioridade dada pelo governo Lula ao serviço é refletida nos resultados. Após anos de congelamento de investimentos durante as gestões Michel Temer e Jair Bolsonaro, só a primeira etapa do Novo PAC já garante 1.780 novos veículos para atender à população brasileira.

O Samu foi criado por Lula em seu segundo ano na presidência, em 2004 – quando o ministro da Saúde era Humberto Costa. Após o golpe contra Dilma Rousseff, o programa teve sua expansão interrompida.

No entanto, hoje, o Samu está novamente fortalecido e dispõe de um orçamento federal de R$ 1,94 bilhão, distribuído para a manutenção de uma frota de 3.847 carros, 256 motos e 13 lanchas, além de 21 equipes de resgate aeromédico.

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Além do atendimento emergencial, o serviço também é fundamental em outras políticas no país, como o transplante de órgãos.

“É o ‘samuzista’, como se diz, que, no momento em que faz atendimento em via pública ou em qualquer outro local, já pode ter como uma das suas referências a possibilidade de que aquela pessoa talvez possa se transformar em um doador em casa de uma morte cerebral. Isso implica em ter um processo de articulação com a rede hospital de urgência, com o serviço estadual e nacional de transplantes”, explica Humberto.

Outro papel importante é a ajuda do Samu à política de segurança no trânsito. Isso porque as estatísticas registradas com relação a vítimas e o tipo de acidente que ocorreu permite estabelecer mudanças na engenharia do tráfego.

“Uma das coisas mais emocionantes para quem tem contato com uma equipe do Samu, no seu trabalho é o orgulho com que esses profissionais desempenham o seu papel. Aquela certeza que eles têm de estarem cumprindo um papel fundamental para salvar vidas e cumprindo uma missão para o Sistema Único de Saúde”, aponta o petista.

Pandemia e RS

O serviço de atendimento móvel foi fundamental especialmente durante o período da pandemia de covid-19. Na época, nem mesmo o desmonte acelerado das políticas públicas promovidas pelo então presidente Bolsonaro conseguiu diminuir a importância do Samu no país.

Como destaca a senadora Janaína Farias (PT-CE), nos meses mais duros da crise sanitária, o Samu salvou milhares de vidas. “Foram vários os relatos de profissionais que trabalharam de modo exaustivo, fazendo o possível e o impossível com os recursos que estavam ao seu alcance. Infelizmente, perdemos alguns profissionais no período da covid-19, mas lutando e trabalhando para salvar a vida do povo brasileiro”, aponta.

A parlamentar apontou ainda o papel fundamental do serviço no Rio Grande do Sul, que vive uma tragédia climática. “Mesmo diante das dificuldades de comunicação e locomoção das inundações dos rios, as equipes do Samu têm levado socorro a essas pessoas”, disse.

Reconstrução do Samu

Durante a sessão solene, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, aponta a importância do processo de reconstrução do Samu após anos de descaso. Apesar da política de Estado ter permanecido, as ambulâncias ficaram sem reposição, e os estados e municípios sem o devido custeio para garantir a qualidade desse atendimento.

“Na verdade, o que nós encontramos como situação foi um desafio imenso. De 2017 a 2022, a expansão da cobertura do Samu havia parado em 82%, que era até onde tinha chegado”, disse Nísia, reforçando a fala do senador Humberto de que o objetivo é que esse índice seja de 100% até o fim do governo.

“Nós ampliamos também o custeio do Samu, que estava parado. Não foi só a renovação da frota em 30%, já em 2023, houve um incremento nesse custeio”, acrescenta.

Homenagens

Deputada Erika Kokay. Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado

Os participantes da sessão aproveitaram para homenagear trabalhadores e trabalhadoras do Samu. Eles destacaram a importância desses profissionais no perfeito funcionamento do atendimento que começa na ligação para o número 192.

“Por isso são homenageados no dia de hoje, porque são o maior patrimônio que esta política pública tem no nosso país. E, quando põem esse uniforme azul, é como se dissessem: ‘Orgulho de ser samuzeiro!’ ou ‘orgulho de ser samuzeira!’”, aponta a deputada Erika Kokay (PT-DF).

“Todas as pessoas deste país, de alguma forma, já tiveram experiência com o Samu, experiência com esses profissionais que não desistiram da vida, que ficaram apostando na vida, porque é a vida que dá a última palavra, com um nível de resolução que não é apenas de estabilizar, mas também de apostar na própria vida”, acrescenta.

A sessão foi feita em conjunto entre o Senado e a Câmara dos Deputados, a partir de requerimento dos senadores Humberto Costa e Janaína Farias, além do deputado federal Jorge Solla (PT-BA).

 

Por PT no Senado

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