“Seria Paulo Guedes ministro da Economia se ele não tivesse doutorado em Chicago?”, questiona Margarida Salomão

“O ministro Paulo Guedes se formou doutor em Chicago com bolsa do CNPq. Eu também me formei com bolsa da Capes. Não sei porque essa geração [atual] foi escolhida para não ter acesso a esse benefício. Me pergunto: seria o doutor Paulo Guedes, ministro da Economia, se ele não tivesse doutorado em Chicago? Quantos outros terão sua vida cerceada ou prejudicada por força de 0,24% do orçamento? Faço um apelo aos senhores: remanejem. Porque recursos há. Dentro do Ministério da Educação há R$ 5,3 bilhões contingenciados. É uma situação diferente do CNPq que precisa de uma lei de crédito suplementar. Penso que esse é um caso de emergência”, questionou a coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais, deputada Margarida Salomão (PT-MG), durante audiência pública realizada nesta quarta-feira (11) sobre as mudanças no critério de concessão das bolsas de estudo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Em sua fala, a presidenta da subcomissão especial de financiamento de Ciência e Tecnologia destacou que há uma relação positiva entre investimento em formação de recursos humanos qualificados e desenvolvimento econômico. “Os resultados apresentados pela Capes e CNPq ao longo de quase 70 anos de vida são absolutamente persuasivos por terem determinado o desenvolvimento brasileiro no agronegócio, na indústria aeronáutica. A pesquisa pública no Brasil, nas áreas da saúde, aeronáutica, agricultura, educação é consolidada, de padrão internacional extremamente bem-sucedido. Além disso, o número de doutores e mestres que o Brasil forma está claramente abaixo dos patamares internacionais tanto dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como da América Latina. É uma falácia imaginar que nós podemos nos dar ao luxo de paralisar ou reduzir a formação”.

Foram convidados para discutir o assunto com os parlamentares, entre outros, o ministro da Economia, Paulo Guedes; e os presidentes da Capes, Anderson Ribeiro Correia; e do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo; Anderson Ribeiro Correia, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); Manoel da Silva, presidente substituto e Diretor de Gestão e Tecnologia da Informação do CNPq;  Ildeu de castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

 

Assessoria de Comunicação

 

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