Seminário aborda desigualdades e violência que atingem mulheres negras no País

Estudos do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (Ipea) – publicados no Atlas da Violência 2018 e Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça 2015 – revelam que a população negra brasileira é a mais atingida pela desigualdade e pela violência. Segundo os dados de 2015 revelados pelo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, as mulheres negras no Brasil atingem a marca de 55,6 milhões, chefiam 41,1% das famílias negras e recebem, em média, 58,2% da renda comparadas à das mulheres brancas.

Com o objetivo de debater e alertar a sociedade brasileira para o grave problema que afeta a população negra no Brasil, em especial, as mulheres, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) propôs a realização do seminário Mulheres Negras Movem o Brasil: visibilidade e oportunidade. O evento ocorre nesta terça-feira (20), data em que se comemora o Dia da Consciência Negra.

“Esse seminário representa um importante espaço para denunciarmos o racismo, o feminicídio e o genocídio da população negra em nosso país. Além disso, vamos debater também visibilidade e oportunidade para a população negra, tendo como foco a mulher negra, pois sabemos que, quando nos movemos, nós mulheres negras somos a mola propulsora desse país”, afirmou Benedita da Silva.

De acordo com o levantamento apontado no Atlas da Violência 2018 e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2016, 4.645 mulheres foram assassinadas no Brasil – um total de 4,5 mulheres mortas a cada 100 mil brasileiras. A maioria das vítimas era negra. Ainda, segundo os levantamentos, a taxa de homicídio em 2016 foi de 5,3 a cada 100 mil negras, e de 3,1 para 100 mil mulheres brancas. O estudo revela também que enquanto houve uma diminuição no número de assassinatos entre mulheres brancas (8%), entre as negras o aumento foi de 15,4%.

Para a deputada Benedita da Silva, o Brasil passa por uma mudança. “Em relação aos direitos de política de gênero da mulher negra, vemos a possibilidade de um grande retrocesso, mas, em contrapartida, estamos vendo uma mobilização muito forte em relação a essa questão de gênero e etnia”, explicou.

“Por isso, é importante que façamos um balanço, estudemos essa conjuntura e vamos propor que os governantes cumpram o dever constitucional em relação a essas demandas que iremos debater”, finalizou.

As deputadas Ana Perugini (PT-SP), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, e Erika Kokay (PT-DF) coordenarão duas mesas de debates. O seminário será realizado a partir das 9 horas, no plenário 2 e conta ainda com a participação da Secretaria da Mulher da Câmara, da Procuradoria Especial da Mulher no Senado e da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher.

Benildes Rodrigues

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