Saída de Dallagnoll do MPF é a comprovação de que a Lava Jato sempre teve objetivos políticos, afirmam petistas

Arte: PT na Câmara

Parlamentares da Bancada do PT afirmaram pelas redes sociais que o anúncio da saída do procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnoll, do Ministério Público Federal (MPF) e os rumores veiculados pela imprensa de uma possível candidatura dele nas eleições do próximo ano, comprovam de uma vez por todas o caráter político da Operação Lava Jato. Segundo os petistas, ao cogitarem entrar na política Deltan Dallagnoll e o ex-juiz Sérgio Moro demonstram que agiram deliberadamente para prejudicar seus adversários políticos, especialmente o ex-presidente Lula e o PT.

Ao comentar o anúncio feito pelo próprio Deltan Dallagnoll, o líder da Bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass (RS), ressaltou que essa decisão de certa forma já era esperada. “Bem, isso não é uma novidade. Como procurador, ele fez política partidária o tempo todo. Ao menos, agora, não poderá se esconder atrás do biombo da falsa imparcialidade. Espero, sinceramente, que nem Moro nem Dallagnol se elejam para nenhum cargo público. A eles, desejo o ostracismo dos canalhas”, afirmou.

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também destacou que a saída de Dallagnol do MPF para entrar na política, da mesma forma como Sérgio Moro, não é uma surpresa. “Batata! Moro e Dallagnol concorrendo às eleições, nenhuma surpresa para quem sabe que se esconderam atrás da toga e do MP para fazer política e perseguir adversários políticos”, afirmou.

E o líder da Minoria no Congresso, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), lembrou que a entrada de Moro na política (já confirmada) e uma possível candidatura de Dallagnoll, já estava sendo pensada por eles desde a época em que atuavam na Lava Jato. “Moro e Dallagnol, serão candidatos. Ministro Gilmar Mendes em declaração à FolhaPress, em 2019, falou sobre a tentativa da Lava Jato de se apropriar de 2 bilhões e fazer um fundo. ‘Era a brincadeira que Dallagnol teria para fazer política, talvez para fazer campanha e coisas do tipo’. Bingo!”, disse.

Na avaliação do deputado José Guimarães (PT-CE), vice-presidente nacional do PT, a entrada na política de Moro e Dallagnoll comprovam os objetivos políticos da Lava Jato. “O tempo trouxe a verdade, Lula sempre esteve correto! Com anúncio de Moro e Deltan na política, fica explícito as intenções da Lava Jato. Uma operação que abriu as portas do Brasil para o neofascismo, jogou o país no desemprego, quebrando nossa economia e afastando os investidores. Nunca foi pelo bem do povo! Lava Jato sempre foi um projeto político de Moro e Dallagnol para perseguir Lula injustamente”, acusou.

Perseguição política

Outros parlamentares petistas que sempre denunciaram a perseguição política e os desmandos cometidos pela Lava Jato, também ironizaram o anúncio da saída de Deltan Dallagnoll do MPF. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) lembrou que sempre avisou que “a Lava Jato tinha motivações políticas”. “Alguém ainda tem coragem de dizer que não?”, indagou.

Ao postar a foto de uma lixeira, o parlamentar gaúcho se referiu a Moro e Dallagnoll: “A história irá reservar um lugar especial para vocês!”, profetizou. Pimenta disse ainda que sente vergonha pela forma como a mídia tratava a dupla que comandava a Lava Jato. “Quando eu penso a maneira que Moro e Dallagnol foram tratados pela grande mídia e na quantidade de babacas que acreditaram no seu ‘senso de justiça’ eu sinto vergonha por eles”, confessou.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) destacou que a entrada na política de Moro e Dallagnoll vai acontecer após os dois terem deixado um rastro de destruição pelo País. “As candidaturas do Sérgio Moro e do Dallagnol serão as mais caras da próxima eleição: destruíram a indústria da construção civil pesada e uma parte da Petrobras”, observou.

E o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) afirmou que Moro e Dallagnol resolveram participar das eleições… mais uma vez! “Mesmo que de forma ilegal, Moro e Deltan Dallagnol já fizeram política por um período. Período pequeno, mas suficiente para quebrar a economia brasileira. No final, quem merecia julgamento pelos crimes que cometeram eram eles!”, completou.

Também comentaram a saída de Deltan Dallagnol do MPF os petistas Carlos Zarattini (SP), Carlos Veras (PE), Nilto Tatto (SP), Jorge Solla (BA), Natália Bonavides (RN), Joseildo Ramos (BA), Alencar Santana Braga (SP), Erika Kokay (DF), Alexandre Padilha (SP), Rogério Correia (MG), Padre João (MG), Henrique Fontana (RS), Rubens Otoni (GO), Léo de Brito (AC), Zeca Dirceu (PR), Helder Salomão (ES), Rui Falcão (SP), Maria do Rosário (RS), Paulo Guedes (MG) e Pedro Uczai (SC).

Héber Carvalho

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