Privatizar a Caixa vai fragilizar o atendimento aos mais pobres e ao setor produtivo, afirma Zé Neto

Deputado Zé Neto (PT-BA) - Foto- Gustavo Sales-Câmara dos Deputados

Por iniciativa do deputado federal Zé Neto (PT-BA) a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) da Câmara realizou audiência pública, nesta segunda-feira (5), para discutir o papel da Caixa Econômica Federal como banco de fomento para ajudar na recuperação da economia brasileira.

“O Brasil está na contramão do que está acontecendo em todo o mundo. Vivemos um processo de diminuição do Estado, enquanto os países modernos estão fazendo investimentos públicos, valorizando seus quadros de pessoal, ampliando o fomento, promovendo um enorme processo de transformação”, destacou Zé Neto, que presidiu a audiência pública.

A coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e Conselheira de Administração da Caixa, Maria Rita Serrano, destacou o desmonte da Caixa. “O governo tem um projeto privatista que inclui a privatização das empresas públicas, como a Eletrobras, a Petrobras e os Correios. Nos bancos públicos, vemos um processo semelhante: a privatização pelas subsidiárias. A médio prazo, isso terá impacto na sustentabilidade do banco. É fundamental que as pessoas se unam às entidades para impedir que continue esse processo de entrega do patrimônio público”, concluiu.

A representante da Comissão dos Aprovados no último concurso da Caixa, Isabela Freitas Santana, afirmou que a Caixa tem déficit de funcionários, precarizando o atendimento ao público. “Basta passar na frente de uma agência da Caixa, em qualquer lugar, a fila é permanente por falta de funcionários e os concursados em 2014, não são chamados. As pessoas mais pobres são as mais prejudicadas porque precisam ir às agências fazer o cadastro para receber o auxílio emergencial”, afirmou.

A diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Fabiana Uehara Proscholdt, se posicionou contra as privatizações. “A gente tem reestatização acontecendo no mundo todo e aqui no Brasil, temos o fatiamento das empresas, a entrega do que é público para o privado. Com isso, perde toda a população. A política da gestão atual da Caixa é chamada de 3D: descapitalizar, desinvestir para desalavancar. É o que foi feito com a venda da Caixa Seguridade”, criticou.

 

Assessoria Parlamentar

 

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