A deputada Rejane Dias (PT-PI), presidente da Frente Parlamentar de Enfrentamento à Violência nas Escolas, manifestou em plenário, nesta terça-feira (4), a sua perplexidade com a tragédia ocorrida em Santa Catarina, no município de Saudades, quando um jovem de 18 anos invadiu uma creche e matou cinco pessoas. “O Brasil amanheceu hoje estarrecido com mais um massacre em uma escola, que, desta vez, vitimou três crianças e dois funcionários. Eu fico estarrecida com mais essa tragédia e quero manifestar a minha solidariedade aos pais e familiares das vítimas”.
Rejane disse que recebeu a notícia com muita tristeza. “Não há como calcular a dor dessas mães e desses pais que perderam os seus filhos, bem como a dos funcionários e professores, porque a escola deve ser sempre um ambiente de paz, um ambiente de segurança”, frisou. Ela enfatizou que mais do que nunca era preciso se debruçar sobre o ocorrido para desenvolver, pensar e implementar políticas públicas para enfrentar situações como essas.
Segundo a deputada, um massacre como esse também chama a atenção, porque, já em 2002, ao menos 15 escolas brasileiras sofreram atentados. “Esse atentado de Saudades, em Santa Catarina, como o de Janaúba, em Minas Gerais, carrega um requinte de crueldade sem precedentes, porque envolve, como eu já falei, crianças. A gente sempre se lembra de Janaúba, de Suzano, de Realengo. Esses atentados vêm à nossa memória como algo distante, mas o desafio da cultura da paz é presente e é constante”, enfatizou.
Rejane Dias destacou a importância do projeto de lei que foi aprovado pela Câmara e pelo Senado para que haja no ambiente das escolas assistentes sociais e psicólogos. “Mais do que nunca é necessária a presença desses profissionais nas escolas, pois a cultura de paz perpassa, sim, por uma rede de proteção, com a garantia desses profissionais”, afirmou.
O deputado Zé Ricardo (PT-AM) também manifestou solidariedade à população de Saudades pela tragédia na creche. “Esta é a violência que está presente na sociedade, com um governo que não tem nenhum plano ligado à segurança. Pelo contrário, suas atitudes, de alguma forma, estimulam também a questão da violência, do uso de armas. E nós precisamos lutar pela paz. Então, deixo minha solidariedade a todos deste município e a todo o povo de Santa Catarina”.
Vânia Rodrigues