Parlamentares da Bancada do PT na Câmara lembraram em manifestações postadas no Twitter, nesta segunda-feira (31), os quatro anos do golpe contra Dilma, ocorrido no dia 31 de agosto de 2016. Os parlamentares destacaram a ilegalidade do impeachment – efetivado sem comprovação de qualquer crime – e afirmaram que o golpe parlamentar – realizado com apoio da mídia e de setores da elite – teve como resultado a perda de vários direitos do povo brasileiro, além do enfraquecimento da soberania e da democracia no País.
O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Enio Verri (PR), afirmou que as consequências da derrubada da então presidenta eleita Dilma Rousseff foram denunciadas pelo PT. “Hoje faz 4 anos que o Brasil está à deriva, desde o golpe que derrubou a democracia e uma presidenta honesta. A atual conjuntura atesta o que o PT denuncia desde 2015, confirmado pela dilapidação do País e pelas revelações sobre a Lava Jato, que nunca lutou contra a corrupção”.
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que o golpe contra Dilma abriu caminho para a ascensão de Bolsonaro ao poder. “Hoje, completam 4 anos do golpe contra Dilma, dia que a elite política abriu caminho para o desmonte e o descalabro que criou Bolsonaro. Depois da retirada de direitos e políticas públicas, o que se vê é o bizarro”.
Na época líder do governo Dilma na Câmara, e hoje líder da Minoria na Casa, o deputado José Guimarães (PT-CE) observou que “Dilma foi vítima de uma campanha sórdida, uma verdadeira sabotagem empreendida por setores da mídia e das elites inconformadas com a quarta derrota eleitoral para o PT na campanha presidencial de 2014”.
Em uma série de tuites, o coordenador do Núcleo Agrário da Bancada do PT, deputado João Daniel (SE), lembrou que a retirada de Dilma trouxe ao País uma série de retrocessos sociais e ataques à classe trabalhadora. Entre eles, ele citou a aprovação da emenda constitucional do Teto de Gastos (EC 95) – que congelou por 20 anos os investimentos públicos, principalmente em saúde e educação – além da aprovação da Reforma Trabalhista.
“Continuando o show de horrores, o então dep. do baixo clero Jair Bolsonaro foi eleito presidente, dando voz aos discursos que até então estavam enterrados no submundo da barbárie, discurso de ódio, misoginia, violência, LGBTfobia e apoio à exploração desenfreada do meio ambiente”.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) também explicou que o golpe “submergiu o Brasil no caos, oprimiu os mais pobres, e beneficiou os ricos”. “Mas temos esperança e determinação. O Brasil vai superar este momento, e retomar sua democracia. Afinal, “O mar da história é agitado”.
Na mesma linha, o deputado Paulão (PT-AL) também destacou que depois do golpe “o Brasil sofre com retrocesso, mentiras e desmontes”. Porém, observou que o caminho para o País superar esse trauma é lutar pela mudança dessa realidade. “Não esqueceremos do que foi feito e não desistiremos de lutar pelo nosso país e pelo nosso povo!”
Leia outras mensagens de repúdio ao golpe e as suas consequências:
Deputado Carlos Veras (PT-PE) – “Página infeliz da nossa história. Há exatos 4 anos, em 31 de agosto de 2016, Dilma Rousseff tem o mandato cassado em votação no plenário do Senado. Foi golpe! Desde então, o país retrocede no combate à desigualdade. Seguiremos na luta para devolver o país ao povo brasileiro”.
Deputado Zeca Dirceu (PT-PR) – “E desde então, o Brasil tem pago um alto preço. Desde o golpe, o absurdo virou cotidiano. Foi Golpe e o Brasil jamais esquecerá”.
Deputado Erika Kokay (PT-DF) – “Há exatos 4 anos era consumado o golpe parlamentar, jurídico e midiático contra Dilma. 4 anos de retrocessos. 4 anos de destruição da democracia, da liberdade e dos direitos!”
Deputado Professora Rosa Neide (PT-MT) – “Há exatos 4 anos era consumado o golpe parlamentar que interrompeu o mandato da primeira e única mulher que presidiu o nosso país. 4 anos em que o Brasil retrocedeu ao século XIX em direitos sociais e abriu as portas para o autoritarismo”.
Deputado Helder Salomão (PT-ES) – “Há exatos 4 anos, no dia 31 de agosto de 2016, aconteceu a consumação do golpe parlamentar, jurídico e midiático, que resultou em retrocessos econômicos, sociais e democráticos. Como bem alertou Dilma: o golpe é contra os avanços sociais, é contra o povo”.
Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) – “Hoje faz 4 anos que tiraram a Dilma. Depois disso, retiraram direitos trabalhistas, previdenciários, congelaram os investimentos em saúde e educação”.
Deputado Célio Moura (PT-TO) – “4 anos do golpe sujo, corrupto e mais machista da história do Brasil. Tão importante quanto questionar “a que ponto chegamos?!?” é analisar “como chegamos” a esta situação no Brasil, em que o absurdo virou cotidiano”.
Deputado Vicentinho (PT-SP) – “O golpe foi contra o povo. Há 4 anos eu estava lá para apoiar Dilma ‘Coração Valente’. O golpe foi pra tirar direitos do povo à saúde, à educação… mas a gente resiste. A verdade está vindo à tona!”
Deputado Rogério Correia (PT-MG) – “Há 4 anos Dilma e a democracia brasileira sofriam um golpe político, midiático e jurídico. Um capítulo vergonhoso de nossa história que resultou em retrocessos sociais, econômicos, além de desmoralizar as nossas instituições”.
Deputado Bohn Gass (PT-RS) – “Hoje, quatro anos desde que Dilma e a democracia foram golpeadas. E o Brasil foi jogado num precipício. Hoje, o presidente se nega a explicar cheques de um miliciano à sua esposa. Hoje, a censura retorna, como no caso de Luís Nassif e a negociata do Banco do Brasil com o BTG”.
Deputado Odair Cunha (PT-MG) – “Há quatro anos, o Brasil e nossa democracia sofriam um golpe sujo e corrupto, fruto de um projeto contra o povo. Não nos esqueçamos jamais!”
Deputado Padre João (PT-MG) – “Neste 31 de agosto faz 4 anos desde que golpistas retiraram a presidenta legitimamente eleita pelo povo brasileiro. De lá para cá, só tivemos retiradas de direitos e retrocesso. O golpe foi contra o povo!”
Deputado Afonso Florence (PT-BA) – “O impeachment decorreu de lawfare, de uma perseguição política. Uma campanha difamatória de uma presidenta e seu partido por trás de interesses econômicos de políticos”.
Deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) – “Há 4 anos o Brasil sofria mais um Golpe, consumado no Congresso, mas planejado por agentes do Judiciário, Ministério Público e setores da mídia que não aceitam um Brasil soberano. O Golpe não foi só contra Dilma e o PT. Foi contra a democracia!”
Deputado Alexandre Padilha (PT-SP) – “O Brasil sofreu um golpe em 2016! Brasil entrou em uma crise profunda e o fascismo se alastrou pelo território nacional. Dilma Rousseff enfrentou um golpe de estado criado por forças que não aceitaram a escolha do povo e o resultado da Democracia. Sabemos o lado certo da história!”
Deputado Patrus Ananias (PT-MG) – “Há 4 anos atrás, sem crime e sem precedente legal, tiraram a presidenta Dilma do poder mentindo que “tudo ia melhorar”. De 4 anos para cá, temos um país pior, com bem menos direitos e muito mais ameaças à democracia. O que começa como crime e mentira prossegue assim”.
Deputado Rubens Otoni (PT-GO) – “Há 4 anos atrás tiraram a Dilma e prometeram que tudo ia melhorar. De lá pra cá só prejuízos e retrocessos. Retirada de direitos e desmonte de políticas públicas. E o povo mais simples, humilde e trabalhador pagando a conta. Um absurdo!”
Deputado José Ricardo (AM) – “O Golpe foi realmente contra o Povo, em especial o povo mais pobre. Mas a Bancada do PT na Câmara continua firma contra os golpistas e as consequências desse ato contra a democracia no Brasil. A luta continua!”.
Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) – “Há quatro anos, nossa democracia sofria mais um duro golpe. Não, não era só tirar a Dilma! Hoje, pagamos um preço caro pela falta de responsabilidade de muitas lideranças políticas que apoiaram um impeachment sem crime de responsabilidade apenas para derrotar o PT”.
Também retuitaram mensagens e vídeos lembrando os quatro anos do golpe e de seus retrocessos os deputados petistas Carlos Zarattini (SP), líder da Minoria no Congresso; Paulo Pimenta (RS), Frei Anastácio (PB), Henrique Fontana (RS), Rui Falcão (SP), Margarida Salomão (MG), Beto Faro (PA), Natália Bonavides (RS) e Leonardo Monteiro (MG).
Héber Carvalho