Parlamentares da Bancada do PT na Câmara criticaram nesta terça-feira (16), em suas redes sociais, a decisão do governo Bolsonaro de interromper a produção de remédios para câncer, diabetes e transplantados em laboratórios públicos nacionais. A deputada petista Margarida Salomão (MG) afirmou que “Bolsonaro partiu com tudo para a necropolítica, quer que o povo morra antes de se aposentar e sem remédio”.
De acordo com reportagem divulgada hoje pelo Estadão, o Ministério da Saúde suspendeu contratos com laboratórios que distribuíam gratuitamente 19 medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As associações que representam os fabricantes falam em perda anual de ao menos R$ 1 bilhão para o setor e alertam para o risco de desabastecimento – mais de 30 milhões de pacientes dependem desses remédios. A lista de cortes inclui alguns dos principais laboratórios nacionais: Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp.
Na avaliação da deputada Maria do Rosário (PT-RS), a falta de medicamento pode significar mais adoecimento e até morte. “Vemos aqui impactos da PEC da Morte que congelou o orçamento. Vemos incompetência e descaso do desgoverno Bolsonaro com a vida”, lamentou.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que essa é uma decisão gravíssima e que milhões de brasileiros ficarão sem remédios e empresas podem ir à falência. “O governo Bolsonaro depois do desmonte do Mais Médicos continua destruindo a saúde”, lamentou. O ex-ministro da saúde, deputado Alexandre Padillha (PT-SP), também criticou e frisou que a decisão é “mais um golpe na saúde e da indústria.
Para o deputado Enio Verri (PR) os mais prejudicados “serão pacientes com câncer, diabete e transplantados”. E o deputado Jorge Solla (PT-BA) observou que “quem ganha são os laboratórios estrangeiros e perde o povo brasileiro”.
Outros parlamentares como Beto Faro (PT-PA), Helder Salomão (PT-ES) e Airton Faleiro (PT-PA) também divulgaram a matéria e lamentaram a decisão do governo Bolsonaro.
Lorena Vale