Parlamentares do PT elogiaram, no plenário na Câmara, o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff realizado na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (24). O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, deputado Newton Lima (PT-SP) foi enfático: “Foi um discurso vigoroso que, ao propor soluções multilaterais para os temas de espionagem digital, governança na internet, direitos humanos e soberania, elevou a estatura do Brasil no cenário internacional”, ressaltou Lima.
Para o deputado Amauri Teixeira (PT-BA), a presidenta foi “firme, direta e mostrou porque o Brasil não é mais o patinho feio. Não existe mais o complexo de vira-latas”. Amauri criticou a postura do presidente Barack Obama, que não deu explicações ao governo brasileiro. “Não dar nenhuma explicação em relação à bisbilhotagem da qual o Brasil foi vítima, mostra uma total arrogância e desprezo com os direitos humanos por parte desse país imperialista que são os Estados Unidos”, disse Teixeira.
O pronunciamento de Dilma foi considerado “extraordinário” pelo deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). “Parabéns à Presidenta Dilma pela postura altaneira e soberana e principalmente por liderar um posicionamento que certamente será internacional”, registrou Berzoini da tribuna da Câmara.
Já para o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), a presidenta resgatou a dignidade do povo brasileiro. “É necessário destacar a posição da nossa Presidenta como uma estadista, uma líder que tem a capacidade de nos liderar e, sobretudo, mostrar a importância do Brasil para o mundo inteiro”, destacou Monteiro.
Na opinião da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), “entrou em ação o protagonismo internacional” do Brasil. “A presidenta expôs a sua insatisfação, exigindo pedido de desculpas, apresentando uma saída multilateral e frisando a importância de que governos e sociedades precisam estar em condições amigáveis para consolidar parcerias estratégicas”, afirmou a parlamentar.
Para o deputado Valmir Assunção (PT-BA), a presidenta levou “um tema importante para a população mundial”, a governança da Internet. “A reivindicação da multilateralidade da governança da Internet, desde muito tempo, é uma pauta da sociedade civil brasileira”, lembrou Valmir, antes de cobrar as empresas de telecomunicações para que “não façam distinção de tráfego com base em interesses comerciais”.
Rogério Tomaz Jr.
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