Os deputados Erika Kokay (PT-DF) e Ságuas Moraes (PT-MT) ocuparam a tribuna da Câmara, na quinta-feira (10), para denunciar o desmonte das universidades federais promovido pelo governo ilegítimo de Michel Temer. “Estamos vivenciando a falência das universidades porque estamos vivenciando a falência do Brasil”, afirmou Erika.
“Esse Governo contingencia os recursos para as universidades onde se concentra a pesquisa — e a pesquisa significa soberania e, ao mesmo tempo, libera de pagamento das dívidas a bancada ruralista em 20 bilhões de reais, o Banco Itaú, em 22 bilhões de reais e vai fazendo a sua costura, com as mãos finas e sem calos de uma elite das mais cruéis da América Latina”, constatou.
De acordo com a deputada, não se podia esperar um olhar diferenciado para o povo, de um Governo que assumiu a Presidência da República a partir de uma ruptura democrática. “Não há orçamento para o povo, porque este Governo é um governo que saiu de dentro da casa-grande, que aplaude a casa-grande e que quer o povo brasileiro em eternas senzalas”, criticou Erika. Ela ainda lembrou que o ilegítimo deu a senha de como seria esse governo, no momento em que anunciou o congelamento das despesas primárias, liberando as despesas financeiras.
Em sintonia com os argumentos apresentados por Erika, o deputado Ságuas Moraes acrescentou que o orçamento das universidades públicas e da pesquisa científica no Brasil foi drasticamente reduzido. “Segundo dados do movimento Conhecimento sem Cortes, a receita prevista é a mais baixa dos últimos 12 anos e fica menor ainda quando são somados os cortes em outros ministérios que impactam a produção do conhecimento”, denunciou.
“Não há possibilidade de desenvolvimento sem investimento em ciência e tecnologia. Por isso, é fundamental que nós retomemos esses investimentos”, argumentou Ságuas Moraes.
Benildes Rodrigues