Para petistas, troca de ministro da Saúde é ineficaz porque o comando de Bolsonaro continua negacionista

A troca do comando do Ministério da Saúde – sai o militar Eduardo Pazuello e entra o médico Marcelo Queiroga – no pior momento da pandemia de Covid, com recordes sucessivos de mortes (282 mil, no total), repercutiu no plenário da Câmara nessa terça-feira (16). Para os parlamentares da Bancada do PT, não adianta trocar de nome, se o gestor tiver que continuar reproduzindo na pasta os comandos negacionistas do presidente Jair Bolsonaro.

Na avaliação do deputado Joseildo Ramos (PT-BA), não adianta ninguém ocupar o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro, “pois a pasta não pode ser ocupada por ninguém que possa respeitar, celebrar e seguir a ciência”. A única e principal qualidade de quem for a bola da vez, segundo o parlamentar é a subserviência. “O comando do ministério pertencerá tão somente a Bolsonaro, que diretamente vai comandá-lo com a bússola eleitoral. Só fica no Ministério da Saúde de Bolsonaro quem não está nem aí para a defesa da vida e da vacina para todos, quem não tem a empatia e a ética como valores fundantes da sua própria existência”, criticou.

Com o novo ministro seguindo a cartilha de Bolsonaro no combate à pandemia, Joseildo disse que não vai entrar o isolamento social, a máscara, a higienização pessoal e, principalmente, a vacina. “A vacina é hoje, de fato, o maior calo desse governo, tanto pelo descaso quanto pela incompetência, mas é definitivamente o caminho. Sem ela – a vacina – não haverá trabalho, não haverá recuperação econômica. Restarão apenas as preces para que não cheguemos ao colapso do serviço funerário na nossa nação. Bolsonaro, respeite a vida dos brasileiros!”, pediu.

Arapuca

Joseildo Ramos disse também que nesse episódio de “defenestração” do ministro Pazuello, de mais um constrangimento que gerou para as Forças Armadas, o Bolsonaro também desconsiderou as forças que hoje lhe dão sustentação dentro do Parlamento ao não ter “tido coragem” de dizer não à indicação da médica cardiologista Ludhmila Hajjar.

“Bolsonaro foi sórdido ao criar uma arapuca, uma armadilha ao receber a Dra. Ludhmila no Palácio da Alvorada, na presença de um ministro, que já naquele momento era figurativo. Pense no tamanho do constrangimento que a quase ministra atravessou. Naquele momento, as milícias digitais já tinham vasculhado a vida da candidata. Construíram fake news, além de ameaçar de morte a doutora. A doutora ficou indefesa, participando de uma cena misógina”, criticou.

Orientação de Bolsonaro

Na mesma linha, o deputado Valmir Assunção (PT-BA), afirmou que Pazuello está saindo porque segue, cegamente, a orientação de Bolsonaro. “O novo ministro diz que vai seguir a orientação de Bolsonaro, ou seja, vai cair também”, previu o deputado. Ele lembra que o governo Bolsonaro tem 2 anos, 2 meses e 15 dias. “Nesse período tivemos quatro ministros da Saúde, em plena pandemia, em uma crise sanitária no Brasil que ceifou, lamentavelmente, quase 280 mil pessoas. Por isso, não adianta o Bolsonaro trocar o ministro da Saúde. Nós, parlamentares, é que temos que tirar o Bolsonaro. Por quê? Dois ministros saíram porque Bolsonaro não seguia as orientações da Organização Mundial da Saúde”.

Pazuello desautorizado

A deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), ao comentar a troca de ministro, manifestou sua tristeza pelos mais de 280 mil mortos no País e chamou a atenção para o seu estado, que no dia de ontem teve 85 óbitos, o maior número de óbitos desde o início da pandemia. “Hoje, o governo diz que trocou o ministro da Saúde. Quem não se lembra do ministro Pazuello com Covid recebendo a visita do presidente Bolsonaro para desautorizá-lo quanto à aquisição de 46 milhões de doses da CoronaVac? Na ocasião, o ministro disse o seguinte: ‘Manda quem pode, obedece quem tem juízo’. O juízo dele naquele momento mandava obedecer ao presidente da República, que dizia ‘não’ para a aquisição das doses da vacina”, relembrou.

Ela criticou os que se ofendem quando um parlamentar ou um cidadão atribui a responsabilidade das mortes ao presidente da República. “Os que estão morrendo em 2021 estão morrendo porque não estão vacinados. Se nós tivéssemos adquirido a quantidade ideal de vacina e escalonado para a quantidade de pessoas, a maioria dos que foram a óbito agora em 2021 não teria morrido”, afirmou.

Descaso do governo

O deputado José Ricardo (PT-AM) se solidarizou com as mais de 280 mil famílias que perderam alguém vítima do coronavírus e lamentou que no Amazonas já são 11.500 pessoas falecidas, devido à doença e ao descaso dos governos federal e estadual. “Nós temos aí mais uma troca de ministro da Saúde. É o quarto do Governo Bolsonaro. Isso mostra o total descontrole e falta de planejamento efetivo na área da saúde. Hoje, o Brasil é um dos países com maior número de vítimas do coronavírus, mas também um dos países com mais atraso na vacinação, que deve ser a prioridade, neste momento, do novo ministro”, afirmou.

O deputado disse que espera que o novo ministro, sendo da área da saúde, tenha uma compreensão melhor do que fazer para poder realmente ouvir a ciência, ouvir aquilo que a área da saúde já definiu como ações concretas e executá-las. “É importante que ele seja um ministro, de verdade, da Saúde”, reforçou.

Vânia Rodrigues

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100